Agência atômica emite novas diretrizes na luta contra chikungunha, dengue, febre amarela e zika
Doenças transmitidas por mosquitos têm consequências à saúde e à economia; insetos estão cada vez mais resistentes a dedetizadores; muitos governos analisam técnicas nucleares para controlar epidemias.
A Agência Internacional de Energia Atômica, Aiea, divulgou uma série de diretrizes globais para combater doenças causadas pelo mosquito aedes.
A lista incluí infecções como chikungunha, febre amarela, zika e dengue. Juntas essas doenças causam mais de 1 milhão de mortes por ano. O Brasil é um dos participantes da iniciativa como divulgado no comunicado da Aiea. Em 2015, o país enfrentou um surto de zika ao lado de outras nações latino-americanas.

Inseticidas
A iniciativa é resultado de uma parceria da Aiea com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, FAO, a Organização Mundial da Saúde, OMS, e outros parceiros.
A Aiea lembra que os mosquitos, que transmitem as doenças, estão cada vez mais resistentes a inseticidas. Por isso, muitos governos decidiram optar por técnicas nucleares para combater o problema.
As infecções têm consequências para a saúde das pessoas afetadas e para a economia dos países.
A iniciativa conta com o apoio do Programa Especial para Treinamento e Pesquisa de Doenças Tropicais e do Quadro de Diretrizes para Teste da Técnica do Inseto Estéril. A técnica SIT é uma ferramenta de controle do vetor contra doenças causadas pelo mosquito aedes.

Reprodução
As diretrizes foram produzidas por 15 especialistas de 12 países. A Técnica do Inseto Estéril é um método contraceptivo que esteriliza os mosquitos machos impedindo a reprodução de outros insetos.
Pragas
A esterilização é feita por uma técnica de radiação. Com o tempo ocorrem a redução no número de mosquitos e também as infecções transmitidas por eles.
A técnica foi criada incialmente para controlar pragas no setor agrícola como a mosca tsé-tsé e a mosca da fruta.
A chefe do Programa de Gerenciamento da Aiea para América Latina e Caribe, Patricia Godoy-Kain disse que o guia da agência harmoniza a técnica e a aplicação em países que participam da Aiea e querem reduzir as infecções.

Comunidades
Cerca de 60 países já utilizam a Técnica do Isento Estéril adaptada agora aos mosquitos aedes.
O guia inclui diretrizes e recomendações sobre a introdução da técnica nuclear num projeto piloto. Formas de aumentar ações, de analisar riscos e o conjunto regulatório assim como tópicos técnicos e indicadores entomológicos e epidemiológicos.
As diretrizes também tratam da participação das comunidades, monitoramento e avaliação.