Jornalista colombiana recebe Prêmio Guillermo Cano de Liberdade de Imprensa
Repórter investigativa, Jineth Bedoya Lima, 46 anos, cobre temas como conflito armado, processo de paz e violência sexual a mulheres; jornalista foi vítima de sequestro e estupro enquanto trabalha para o periódico El Espectador.
A Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Unesco, anunciou que a jornalista Jineth Bedoya Lima é a vencedora da edição 2020 do Prêmio UNESCO/Guillermo Cano de Liberdade de Imprensa.
A distinção marca o Dia Mundial sobre Liberdade de Imprensa, celebrado em 3 de maio.
Processo de paz
Nascida em 1974, Jineth Bedoya Lima cobriu o conflito armado da Colômbia assim como o processo de paz e casos de violência sexual a mulheres.
Em 2000, enquanto trabalhava para o Jornal El Espectador, ela foi sequestrada e estuprada. Três anos depois, militantes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, Farc, sequestraram a repórter que atuava para o jornal El Tiempo.
A chefe da Unesco, Audrey Azoulay, afirmou que a coragem e o compromisso de Jineth Bedoya Lima expoēm os riscos que uma mulher no jornalismo corre, mas ao mesmo tempo inspiram profundo respeito.
Pandemia
Ao comentar a pandemia e a importância da informação, Azoulay disse que para fornecer informações de confiança, muitos jornalistas correm riscos em todas as partes do mundo.
O Prêmio Unesco Guilhermo Cano é decidido por um júri independente de jornalistas para marcar o Dia Mundial de Liberdade de Imprensa. Este ano, por causa da pandemia, a cerimônia de entrega que seria em Haia, na Holanda, teve de ser adiada.
A distinção destina o valor de US$ 25 mil a cada vencedor.