Mesmo com poucos casos, Guiné-Bissau deve seguir vigilante contra covid-19, diz OIM BR

Com 40 notificações até 14 de abril, país de língua portuguesa é um dos menos afetados no oeste da África; agência da ONU diz que várias nações da região já iniciaram enfrentamento à pandemia.
A Organização Internacional para Migrações, OIM, está apoiando o governo da Guiné-Bissau na ação para enfrentar a pandemia de covid-19. A agência está oferecendo suporte nas áreas de vigilância, treinamento e comunicação de risco.
No mês passado, a OIM lançou uma série de dados e monitoramento para obter informações relevantes como triagem de passageiros em todos os pontos de entrada incluindo o aeroporto de Bissau, Osvaldo Vieira.
Cerca de 30 agentes guineenses integraram a inciativa. A comunicação é essencial para conter a contaminação com o novo coronavírus. A OIM estendeu o treinamento a 125 líderes comunitários nos arredores das localidades de Gabu, Oio e Bafata. Dentre os líderes formados estão ainda chefes de vilarejos e outros administradores locais, além de agentes de saúde, curandeiros, padres, imãs e pessoal das rádios comunitárias.
Uma das preocupações da OIM é com a desconstrução de mitos e boatos sobre a covid-19 e como o vírus é transmitido. Em algumas comunidades, há relatos de curas milagrosas e promessas contra a doença. Algumas pessoas são levadas a crer que banho de mar, por causa da salinidade da água, pode evitar a doença ou até mesmo ingerir suco de limão. O treinamento incluiu ainda material educativo para distribuição e alguns folhetos.
Os organizadores também querem combater estigmas e preconceitos que têm evitado muitas pessoas de realizarem o teste contra a doença.
A OIM tem atuando com países africanos para combater doenças graves incluindo o ebola.
A chefe da OIM na Guiné-Bissau, Laura Amadori, disse que a agência está atuando com as autoridades do país para conter a disseminação do novo coronavírus.