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OMS diz que Sudeste Asiático precisa de ações urgentes e agressivas para enfrentar covid-19  BR

Passageiros com máscaras e ponchos descartáveis no Aeroporto Internacional Don Mueang, em Bangcoc, Tailândia.
ONU News/Jing Zhang
Passageiros com máscaras e ponchos descartáveis no Aeroporto Internacional Don Mueang, em Bangcoc, Tailândia.

OMS diz que Sudeste Asiático precisa de ações urgentes e agressivas para enfrentar covid-19 

Saúde

Vírus já está presente em oito dos 11 países da região; números aumentam rapidamente; agência da ONU diz que isolamento de pessoas com sintomas leves continua sendo a intervenção comunitária mais importante. 

A Organização Mundial da Saúde, OMS, está pedindo aos países do Sudeste Asiático que intensifiquem, com urgência, medidas agressivas para combater o novo coronavírus. 

Até a terça-feira, a agência da ONU já tinha confirmado 480 casos e oito mortes na região, onde o vírus já está presente em oito países.  

Medidas 

Em nota, o diretor regional da OMS, Poonam Khetrapal Singh, disse que “a situação está evoluindo rapidamente”, e é preciso ampliar todos os esforços para impedir que o vírus infecte mais pessoas. 

Oito dos 11 países da região já confirmaram casos. Até a terça-feira, Tailândia tinha 177 casos confirmados, Indonésia 134, Índia 125, Sri Lanka 19, Maldivas 13, Bangladesh 5 e Nepal e Butão têm um caso cada.  

Khetrapal Singh disse que “mais grupos de transmissão de vírus estão sendo confirmados.” Segundo o especialista, isso “destaca as necessidades de esforços mais agressivos e de toda a sociedade.” 

Ação individual  

Olhando para os números, o diretor regional disse que algumas nações estão claramente caminhando para a transmissão comunitária do vírus e que isso ainda pode ser evitado em alguns países e regiões.  

Ele destacou a importância de esforços contínuos para detectar, testar, tratar, isolar e rastrear contatos. Ele referiu ainda medidas simples de saúde pública são críticas, como lavar as mãos, dizendo que "tem o potencial de reduzir substancialmente a transmissão". 

Segundo o diretor regional, nesta fase, o auto isolamento de pessoas com sintomas leves continua sendo a intervenção comunitária mais importante. 

Governos 

Nas regiões onde a transmissão comunitária já está estabelecida, os países precisam desacelerar a transmissão e acabar com o surgimento de novos surtos. 

Segundo a agência da ONU, os governos precisam ativar uma rede de unidades de saúde e hospitais para triagem e tomar medidas para evitar a superlotação. Também é preciso testar todos os casos suspeitos. 

Khetrapal Singh terminou dizendo que os países “precisamos estar preparados para responder a uma situação que está evoluindo.” Segundo ele, “é preciso atuar agora.”