ONU: assassinato de boina-azul do Burundi pode ser considerado crime de guerra
Secretário-geral e Conselho de Segurança emitiram nota condenando o crime e a incitação à violência contra a Missão de Paz na República Centro-Africana, Minusca.
O secretário-geral condenou com veemência um ataque de forças anti-Balaka a autoridades, que culminou com a morte de um soldado de paz em Grimari, na província de Ouaka, na República Centro-Africana.
O boina-azul do Burundi foi morto quando as forças de paz da ONU confrontaram o grupo durante a ação, no domingo.
Segurança
Em nota, António Guterres expressou solidariedade à família do boina-azul, ao e ao povo do Burundi.
O ataque foi condenado também nos “termos mais fortes” pelo Conselho de Segurança. Os 15 Estados-membros enviaram condolências à Missão da ONU na República Centro-Africana, Minusca.
O chefe da ONU lembrou que ataques contra as forças de paz podem ser considerados crime de guerra. O pedido às autoridades centro-africanas é que não poupem esforços para identificar os autores do crime para que sejam levados à justiça.
Em nota separada, o Conselho de Segurança também condenou os atos de provocação e incitação à violência de grupos armados contra a Minusca.
No mesmo dia, um soldado de paz do Paquistão foi ferido num ataque a uma patrulha em Bamingui-Bangoran. Uma semana antes, um funcionário da Minusca havia sido morto em Ndélé.
Justiça
Com todos esses episódios de violência, o Conselho apelou ao governo centro-africano que investigue os crimes e que os responsáveis sejam punidos.
As Nações Unidas reafirmam que a Minusca está determinada a continuar implementando seu mandato, em particular em relação à proteção de civis para o avanço do processo político na República Centro-Africana.