Chefe da ONU condena atentado que matou mais de 30 no Afeganistão BR

Em nota, António Guterres, expressou condolências às famílias das vítimas e disse que os autores têm de ser responsabilizados; homens armados abriram fogo contra multidão de mais de 1 mil pessoas que marcavam o 25º aniversário de morte do líder político Abdul Ali Mazari.
As Nações Unidas condenaram, fortemente, um ataque que matou mais de 30 pessoas, em Cabul, capital do Afeganistão.
Em nota, o secretário-geral, António Guterres, disse que ataques a civis são inaceitáveis e pediu que os responsáveis sejam levados à justiça.
A Missão da ONU no Afeganistão, Unama, emitiu uma nota informando que entre as vítimas fatais estão mulheres e crianças.
Homens armados abriram fogo contra a multidão de mais de 1 mil pessoas que estavam celebrando, na Praça Mazari, o legado do ex-líder político Abdul Ali Mazari, presidente de um partido afegão, e que foi assassinado há 25 anos.
Do evento participavam vários políticos incluindo o ex-presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, e o dirigente do país, Abdullah Abdullah.
Al Mazari tem uma importância especial para as comunidades xiitas e hazara do Afeganistão. E nos últimos anos, a equipe de direitos humanos da Unama têm registrado vários atentados e violações contra esses grupos em particular.
Atentados a civis e minorias étnicas são frequentes no país e uma séria violação da lei humanitária internacional e podem ser considerados crimes de guerra e contra a humanidade.
António Guterres expressou a solidariedade da ONU e disse que a organização continuará apoiando o Afeganistão e o povo afegão.
O novo ato de violência ocorre ´quase uma semana após o anúncio de conversações visando a um acordo entre os Estados Unidos e o movimento islâmico Talebã, feito no sábado em Doha, capital do Catar.