Covid-19: novos casos fora da China são nove vezes maiores que na nação asiática, doença afeta 61 países
Em todo o mundo, foram notificados até esta segunda-feira 88.913 em todo o globo; fora da China, existem 8.379 pessoas infectadas com 127 mortes; Organização Mundial da Saúde preocupada com Coreia do Sul, Itália, Irã e Japão.
A Organização Mundial da Saúde, OMS, anunciou esta segunda-feira que o número de novos casos de covid-19, confirmados nas últimas 24 horas fora da China, é nove vezes mais alto do que o total notificado na nação asiática.

O diretor-geral da agência, Tedros Ghebreyesus, declarou que até esta segunda-feira foram registrados 88.913 casos da doença em todo o mundo.
Grande preocupação
Fora do país asiático, onde a doença surgiu em dezembro, a nova cepa do coronavírus já afeta 61 nações com um total de 8.739 pacientes, com 127 mortes. A OMS expressou “grande preocupação” com a situação na Coreia do Sul, na Itália, no Irã e no Japão.
Ainda nesta segunda, especialistas da OMS chegaram a Teerã, capital do Irã, para apoiar a resposta ao surto. Até o momento, existem 1.501 casos e 66 mortes.
A ONU debate agora se será necessário definir um novo formato para grandes eventos programados para os próximos dias, após as preocupações com o covid-19.
Em Genebra, já foram canceladas todas reuniões paralelas relacionadas ao Conselho de Direitos Humanos.
A presidente da 43ª sessão do órgão, Elisabeth Tichy-Fisslberger, incentivou os representantes que ainda estão a caminho da cidade suíça a interromperem a viagem, principalmente neste mês.
Casos
De acordo com a OMS, em mais de 130 Estados ainda não foram detectados casos de covid-19. O diretor-geral da agência destacou que a contenção do novo coronavírus “é viável e deve continuar sendo a maior prioridade de todos os países”.
Tedros Ghebreyesus disse que a comunidade internacional está em território desconhecido por causa da originalidade do vírus.
Para o chefe da OMS, somente com medidas mais agressivas e precoces os países podem parar a transmissão e salvar vidas.
Transmissão
O representante lembrou que muitas pessoas têm medo, mas apontou que a agência “não hesitará em declarar a situação como uma pandemia”, se for necessário.
Para o líder da OMS, é preciso observar o assunto inteiramente e destacou que em vários países não houve transmissão em grupos.
Cerca de 90% de todos os casos confirmados foram relatados na China, principalmente na província de Hubei.