Agência das Nações Unidas marca Dia de Zero Discriminação BR

Data neste 1º de março é celebrada pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids, Unaids; em mensagem, diretora-executiva da agência afirma que para vencer o HIV é preciso combater todas as formas de discriminação.
As Nações Unidas marcam neste primeiro de março o Dia de Zero Discriminação.
Em todo o mundo, a Aids continua sendo a maior causa de morte para mulheres entre 15 e 49 anos.
O Dia é celebrado pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids, Unaids.
Para erradicar a Aids até 2030, a agência diz que é fundamental acabar com a violência de gênero, desigualdade e insegurança.
Em mensagem, a diretora-executiva do Unaids, Winnie Byanyima, contou que ela própria perdeu familiares para o HIV, e que por isso marcava o Dia de Zero Discriminação de forma pessoal.
Byanima afirma que a lutra contra o HIV é inseparável da luta pelos direitos da mulher e da luta contra todas as formas de discriminação. Ela acredita que é preciso “garantir que mulheres e meninas tenham acesso igual à educação, à saúde e ao emprego.”
A chefe do Unaids defende que a “Aids não pode ser derrotada enquanto comunidades marginalizadas, incluindo lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e intersexuais, pessoas que injetam drogas e profissionais do sexo, vivam com medo do Estado ou da violência e abuso socialmente sancionados.”
A meta da agência no Dia de Zero Discriminação, esse ano, é aumentar a conscientização e mobilizar ações para promover a igualdade e o empoderamento de mulheres e meninas.
O Unaids destaca que embora alguns países tenham conseguido avançar em direção a uma maior igualdade de gênero, a discriminação contra mulheres e meninas ainda existe em toda parte.
Em muitos países, por exemplo, leis que discriminam mulheres e meninas permanecem em vigor. Ao mesmo tempo, legislações que defendem os direitos básicos e protegem elas contra danos e tratamentos desiguais não são a norma.
Dados da ONU indicam que apenas 24,3% de todos os parlamentares nacionais eram mulheres em fevereiro de 2019, um pequeno aumento de 11,3% em 1995. Em 2015, pelo menos 117 países permitiam que as meninas se casassem antes dos 18 anos de idade.
Outros dados mostram que apenas 88 de 190 países têm leis que exigem salário igual para homens e mulheres que desempenham a mesma função. E que 36 dos 190 países declarantes carecem de leis para combater a discriminação de gênero no emprego.
Mais de uma em cada três mulheres experimentará alguma forma de violência durante sua vida e mais de 1 milhão de mulheres precisam de proteção legal contra a violência doméstica.