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ONU pede punição de autores de ataque à igreja que matou 24 em Burkina Fasso BR

Violência em Burkina Fasso: crianças participam simulação em caso de ataques a escolas
© Unicef
Violência em Burkina Fasso: crianças participam simulação em caso de ataques a escolas

ONU pede punição de autores de ataque à igreja que matou 24 em Burkina Fasso

Paz e segurança

Pelo menos 18 fieis ficaram feridos e vários foram levados pelos homens armados; violência no país africano levou a aumento de 1.200% no número de deslocados, num ano; Mais de 300 mil pessoas abandonaram suas casas nos últimos quatro meses.

As Nações Unidas querem que os autores do ataque a uma igreja de um vilarejo em Pansi, no norte de Burkina Fasso, sejam levados à justiça.

No domingo, pelo menos 24 pessoas morreram e outras 18 ficaram feridas quando homens armados invadiram um culto. Eles deixaram o local sequestrando vários fieis.

Solidariedade

 Em nota, publicada pelo seu porta-voz, o secretário-geral das Nações Unidas condenou com veemência o ataque que considera horrendo. António Guterres expressou solidariedade às famílias das vítimas.

 Ele destacou que a organização está empenhada em apoiar Burkina Fasso no combate ao extremismo violento, e na conquista da paz e do desenvolvimento sustentáveis.

 O país da região africana do Sahel é um dos mais afetados pelo aumento da ação de insurgentes ocorrida  desde 2015. Em 2019, cerca de 750 cidadãos perderam a vida em ataques.

 A Agência da ONU para Refugiados, Acnur, revelou que o número de deslocados chega a 600 mil, representando um aumento de 1.200% em relação ao ano passado. Metade deles fugiu da violência ocorrida nos últimos quatro meses.

Líbia e Mali

 Entre os fatores que agravaram a situação no Sahel estão o início de protestos na Líbia, há nove anos, e a aliança de combatentes armados que tomou parte do território do Mali em 2012.

 Desde então, a região observa uma movimentação de grupos terroristas, criminosos organizados e delinquentes nas diversas fronteiras. O Acnur aponta que estes “exploram situações como tensões étnicas, pobreza e fraca governação vividas pelas populações locais”.

 Este mês, o alto comissário da ONU para Refugiados, Filippo Grande, visitou a região e disse ter testemunhado “uma das maiores emergências do mundo”.

 Várias pessoas estão expostas a traumas devido à violência.

 Grandi disse que as centenas de deslocados que visitou fugiram da situação que provocou o aumento das necessidades humanitárias.