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Unesco quer investigação de assassinatos de jornalistas no México e na Nigéria BR

A Unesco promove a segurança de jornalistas e outros profissionais da mídia através de uma série de ações que integram o Plano de Ação da ONU sobre Segurança de Jornalistas e a Questão da Impunidade
Unama/Fardin Waezi
A Unesco promove a segurança de jornalistas e outros profissionais da mídia através de uma série de ações que integram o Plano de Ação da ONU sobre Segurança de Jornalistas e a Questão da Impunidade

Unesco quer investigação de assassinatos de jornalistas no México e na Nigéria

Cultura e educação

Fidel Ávila Gómez, 34, foi encontrado morto no estado mexicano de Michoacán, um mês após desaparecimento; já o nigeriano Maxell Nashan foi assassinado após sequestro em meados de janeiro.

A Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Unesco, pediu uma investigação dos assassinatos de dois radialistas, um no México e outro na Nigéria. Os dois crimes ocorreram em janeiro.

O jornalista mexicano, Fidel Ávila Gómez, do estado de Michoacán, apresentava programas na rádio La Ka Buena, na cidade de Huétamo.

Rádio

O desaparecimento dele foi confirmado no início de dezembro. O corpo foi encontrado com sinais de ferimentos a bala na cidade de San Lucas.  

Em nota emitida esta quinta-feira em Paris, a diretora-geral da Unesco, Audrey Azoulay, pediu às autoridades mexicanas para investigarem completamente as circunstâncias da morte do radialista e cobrou justiça. 

Debate

Azoulay disse que é preciso manter o Estado de direito no “interesse da liberdade de imprensa, que é a pedra angular do debate democrático em qualquer sociedade.”

O assassinato do radialista nigeriano, Maxell Nashan, ocorreu em 15 de janeiro. Ele trabalhava numa emissora do estado de Adamawa, no nordeste do país.

Nashan era repórter e apresentador de notícias e fazia parte da Corporação Federal de Rádio da Nigéria, Frcn.

Ele foi sequestrado e encontrado inconsciente e gravemente ferido. O radialista chegou a ser socorrido, mas morreu no hospital. Ele já havia recebido ameaças.

A chefe da Unesco pediu à Nigéria que investigue o crime e disse que os crimes contra jornalistas não podem ficar impunes em nome “do interesse da liberdade de imprensa, do direito humano fundamental e da liberdade de expressão, além do Estado de direito.”

 

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Foto ONU/Laura Jarriel
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