Diretora da Opas pede que países das Américas estejam preparados para detectar casos do coronavírus
Para representante, vigilância é importante para combater propagação da doença; número de casos confirmados em todo o mundo já ultrapassou 4,5 mil, com 106 mortes.
A diretora da Organização Pan-Americana da Saúde, Opas, está pedindo aos países das Américas que estejam preparados para detectar, isolar e cuidar de pacientes infectados com a nova cepa do coronavírus.
Em nota, Carissa Etienne disse que “a detecção precoce de casos pode impedir a propagação da doença”.
Atualização
A diretora afirmou que "os serviços de saúde têm que estar preparados, pois provavelmente serão o ponto de entrada onde casos do coronavírus serão detectados, como aconteceu em epidemias anteriores."
Segundo a representante, a Opas está pronta para apoiar as autoridades nacionais.
A Organização Mundial da Saúde informou que o número de casos confirmados em todo o mundo já ultrapassou 4,5 mil, com a maioria dos pacientes na China. O número de mortes confirmadas está em 106.
Fora da China, foram registrados 45 casos em 13 países.
Prevenção
Na cidade chinesa de Wuhan, onde o vírus foi primeiro detectado, os profissionais de saúde estão entre os afetados. Por esse motivo, Carissa Etienne disse que é necessário informar esses trabalhadores na região das Américas e melhorar o uso de equipamentos de prevenção.
Nesse momento, a Opas já ativou seu sistema de manejo de incidentes. Desde início de janeiro, a organização compartilha informações com os Ministérios da Saúde dos países.
Já o vice-diretor da OPAS, Jarbas Barbosa, disse que o fato de a OMS “não ter declarado emergência não significa que não se está enfrentando um grande desafio na saúde pública."
Segundo ele, "com a globalização e as viagens internacionais, não é inesperado que os países da região possam receber pessoas com o vírus." Barbosa esclarece, no entanto, que "ter um caso importado não é o mesmo que ter transmissão local ou sustentada em um país".
Cura
O diretor do Departamento de Emergências da Opas, Ciro Ugarte, destacou a importância da vigilância para fazer detecção precoce de casos. Ele lembra que a natureza do vírus “é muito semelhante à da gripe” e os sintomas são parecidos aos da Síndrome Respiratória Aguda Grave, Sars, como febre, tosse e falta de ar.
Ugarte acrescentou ainda que o tratamento para o coronavírus ainda é desconhecido e que não há vacina disponível.