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ONU aliviada com libertação de trabalhadores humanitários na Nigéria BR

Crime ocorreu em 22 de dezembro na área de Monguno, na cidade de Maiduguri.
OIM/Jorge Galindo
Crime ocorreu em 22 de dezembro na área de Monguno, na cidade de Maiduguri.

ONU aliviada com libertação de trabalhadores humanitários na Nigéria

Paz e segurança

Os três funcionários haviam sido sequestrados no mês passado pelo grupo terrorista Boko Haram, no nordeste do país; chefe humanitário preocupado com destinos de outros ainda em cativeiro em “ambiente cada vez mais inseguro”; 2019 foi um dos anos mais perigosos para agências humanitárias.

Trabalhadores humanitários sequestrados por integrantes do grupo terrorista Boko Haram foram libertados na quarta-feira, após passarem cerca de 25 dias em cativeiro no estado nigeriano de Borno.

O coordenador humanitário das Nações Unidas na Nigéria, Edward Kallon, disse estar aliviado com a libertação de uma parte dos civis feita pelos insurgentes, incluindo os três funcionários.

Um homem carrega lenha cortada no campo de Bakassi em Maiduguri, nordeste da Nigéria, que em 2017 hospedava 21 mil pessoas deslocadas pelo Boko Haram.
Um homem carrega lenha cortada no campo de Bakassi em Maiduguri, nordeste da Nigéria, que em 2017 hospedava 21 mil pessoas deslocadas pelo Boko Haram. Foto: © Acnur/Romain Desclous

Destino

O representante destaca, no entanto, que apesar de a notícia ser animadora ainda é preocupante o destino de outros civis sequestrados. O crime ocorreu em 22 de dezembro na área de Monguno, na cidade de Maiduguri.

O coordenador mencionou ainda que uma funcionária da ONG ACF, Grace Taku, e a enfermeira Alice Loksha continuam em cativeiro de grupos armados não-estatais.

Ele pediu a libertação imediata delas. A nota revela ainda a extrema preocupação com “o ambiente cada vez mais inseguro” em que atuam os funcionários humanitários prestando assistência urgente e essencial aos civis afetados pela crise.

Civis

Kallon  revelou que uma das maiores preocupações da comunidade humanitária é o aumento da tendência de instalar postos de controle com veículos de grupos armados ao longo das principais rotas de abastecimento nos estados de Borno e Yobe. Ele destaca que estes locais “expõem os civis e funcionários humanitários a riscos de serem mortos ou sequestrados.”

O pedido feito a todas as partes envolvidas no conflito é que protejam os civis, incluindo os trabalhadores humanitários de violações graves às leis internacionais. Ele destacou a fragilidade de mulheres e crianças envolvidos nessas situações.

Em caso que gerou comoção mundial em 2014, movimento terrorista Boko Haram sequestrou 276 estudantes em Chibok, na Nigéria.
Foto: Unicef/UN0126512/Bindra
Em caso que gerou comoção mundial em 2014, movimento terrorista Boko Haram sequestrou 276 estudantes em Chibok, na Nigéria.

Perigos

No total, 12 trabalhadores humanitários perderam a vida em 2019. Esse número corresponde ao dobro em relação ao ano anterior.

O chefe humanitário das Nações Unidas na Nigéria destacou que o ano passado foi um dos mais perigosos para agências humanitárias no país africano.