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FAO: produção de fibra de celulose no Brasil cresceu 7% em 2018 BR

O Brasil está entre os três maiores produtores de madeira, juntamente com os Estados Unidos e o Canadá.
Foto: FAO/Rudolf Hahn
O Brasil está entre os três maiores produtores de madeira, juntamente com os Estados Unidos e o Canadá.

FAO: produção de fibra de celulose no Brasil cresceu 7% em 2018

Clima e Meio Ambiente

FAO destaca melhora consistente do país com crescimento de florestas plantadas; relatório destaca novo recorde na produção e comércio global de produtos de madeira no ano passado.

Um relatório sobre produção e comércio global de produtos de madeira revela que o Brasil teve um aumento consistente da fibra de celulose, em 2018. O crescimento rápido de florestas plantadas aumentou a vantagem do país em relação aos concorrentes na fabricação da polpa da madeira.

Em 2018, a produção global de madeira cresceu 11% chegando a 37 milhões de toneladas.
Em 2018, a produção global de madeira cresceu 11% chegando a 37 milhões de toneladas. Foto: Ryan Hawk/Woodland Park Zoo

De acordo com a publicação Produtos Globais da Floresta – Fatos e Números, a produção desta matéria-prima em território brasileiro cresceu 7% no ano passado. De 2013 a 2017, o aumento foi de 23%.

Top Três

O Brasil faz parte dos três maiores produtores dessa fibra juntamente com os Estados Unidos e o Canadá. Nesse período, as exportações brasileiras aumentaram 38%, tendo superado as do Canadá como segundo exportador em 2016.

Na publicação, a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, revela que a produção e o comércio global de produtos de madeira atingiram o nível mais alto desde que estatísticas florestais começaram a ser registradas em 1947.

Os dados compilados pela agência ressaltam a madeira redonda industrial, à madeira serrada e aos painéis derivados de madeira.

Em 2018, a produção global cresceu 11% chegando a 37 milhões de toneladas. Segundo a FAO, o crescimento mostra que há oportunidades para diminuir a dependência de combustíveis fósseis no mundo.

Mais da metade desse total, ou 24 milhões de toneladas, foram negociados em nível internacional. A Europa concentrou 55% da produção global e a América do Norte 28%.

Crescimento

De acordo com a FAO, o ritmo acelerado na região Ásia e Pacífico foi impulsionado principalmente pelo crescimento econômico.

Em todo o mundo, a produção de madeira serrada cresceu 2% no ano passado com 188 milhões de toneladas. O comércio global de celulose atingiu 66 milhões de toneladas.

A FAO revela ainda que a produção global de painéis usados na construção e fabricação de móveis cresceu entre 2014 a 2018.
A FAO revela ainda que a produção global de painéis usados na construção e fabricação de móveis cresceu entre 2014 a 2018. Foto: Unicef/UNI212596/Tremeau

Para o diretor da equipe de produtos florestais e estatística da FAO, Sven Walter, o aumento da produção de produtos florestais renováveis é uma oportunidade para substituir produtos fósseis com maior quantidade de emissões de gases de efeito estufa.

De acordo com o relatório, a China ganhou maior importância como país produtor e consumidor de produtos florestais. Recentemente, o país ultrapassou os EUA na produção de madeira serrada ao fabricar e consumir mais painéis e papéis à base de madeira.

China 

No período em análise, as importações de madeira redonda industrial da China aumentaram 8%. Já a produção e o consumo de madeira serrada e de painéis continuou crescendo mais rapidamente do que no resto do mundo no país.

A FAO revela ainda que a produção global de painéis usados na construção e fabricação de móveis cresceu entre 2014 a 2018. Grande parte da demanda por esses produtos foi pressionada pela Europa do leste, incluindo a Rússia.

No ano passado, a produção industrial de madeira redonda cresceu 5% em nível mundial atingindo o recorde de mais de 2 bilhões de metros cúbicos.

A produção global de papel e papelão baixou 2% no mesmo período. Na Europa e na América do Norte o ritmo de crescimento estagnou. Já na África e na região da Ásia e Pacífico houve um declínio na fabricação desses materiais.