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OMS cita “circunstâncias muito complexas” na resposta ao ebola na RD Congo BR

Funcionários de saúde tratam pacientes com ebola no Hospital de Bikoro, na RD Congo.
Unicef/Naftalin
Funcionários de saúde tratam pacientes com ebola no Hospital de Bikoro, na RD Congo.

OMS cita “circunstâncias muito complexas” na resposta ao ebola na RD Congo

Saúde

Autoridades congolesas revelam que contaminações continuam em comunidades de áreas remotas; agência da ONU mantém cerca de 800 pessoas em ações de resposta ao surto.

Um homem morreu de ebola na República Democrática do Congo, RD Congo. A Organização Mundial da Saúde, OMS, informou que esse é o primeiro óbito nos últimos dias no país que combate a epidemia há mais de um ano.

No balanço da última semana, as unidades de saúde confirmaram 31 novos casos, o que mostra uma queda de contaminações. A agência alerta, entretanto, que a resposta ao surto pode enfrentar “circunstâncias mais complexas”, apesar da diminuição do número de pacientes por semana.

Transmissões

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Nos últimos três meses, a RD Congo notificou uma queda constante de casos. Pelo menos 2.194 pessoas morreram e 3.296 foram contaminadas na segunda maior epidemia de ebola da história, que foi declarada em agosto de 2018.

As autoridades congolesas informaram que alguns casos de transmissão continuam ocorrendo em comunidades rurais e de difícil acesso.

A OMS revelou que ocorre “um progresso sustentado” de várias equipes nos esforços de seu envolvimento com a comunidade. Um exemplo disso é o início da investigação de pessoas ligadas ao paciente que morreu, que acontece depois de haver resistência de familiares e membros da comunidade.

Medidas

A OMS tem cerca de 800 funcionários de saúde trabalhando no terreno em ações de apoio à resposta ao ebola em território congolês e nos países vizinhos.

Para mitigar o risco de propagação da doença, a meta da agência inclui apurar todos os novos casos, melhorar o rastreamento de pessoas que tiveram contacto com os infetados e melhorar a vacinação para acabar com os focos de transmissão.

Em Beni, Kambale, de sete anos, aprende como prevenir o ebola numa ação do Unicef.
Unicef/Thomas Nybo
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