OMS alerta que sistema de saúde no Iêmen precisa de mais apoio
Autoridades locais declararam emergência após aumento de casos de dengue e malária; cólera matou quase mil pessoas este ano; 250 mil iemenitas sofrem desnutrição grave no país em conflitos e funcionários.
A Organização Mundial da Saúde, OMS, fez um apelo nesta sexta-feira para que seus parceiros ajudem as ações no Iêmen. A crise humanitária no país é considerada a pior do mundo.
Em nota emitida em Genebra, a agência aponta que a situação é causada pelo conflito que já dura mais de cinco anos, a economia em colapso, a destruição da infraestrutura de saúde básica e o perigo de grande parte da população estar à beira da fome.

Epidemias
Esta semana, as autoridades de saúde do Iêmen declararam emergência devido a epidemias de dengue e malária que afetam nove províncias do norte.
Pelo menos 116 mil casos de malária e 23 mil de dengue foram notificados desde janeiro. A guerra no país também provocou a expansão de epidemias como a cólera, que ao todo contaminou 771 mil pessoas e matou quase mil.
Cerca de 24 milhões de pessoas precisam de assistência no país árabe. Destas, mais de 80% precisam de cuidados médicos ou acesso a serviços de saúde.
De acordo com a OMS, os principais riscos para a população continuam sendo a falta de acesso às unidades de saúde e a lentidão na resposta aos surtos de doenças e epidemias.
Fome
Mais de 20 milhões de iemenitas enfrentam insegurança alimentar. Outras 250 mil estão gravemente desnutridas e correm maior risco de passar fome. Pelo menos 17,8 milhões de habitantes não têm acesso à água potável e ao saneamento.
A agência da ONU apoia 6 milhões de pessoas através do Fundo Humanitário para o Iêmen. De acordo com a OMS, somente metade das instalações de saúde funcionam no país que enfrenta desafios como falta de medicamentos, equipamentos e funcionários.
