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Unaids: prisões têm falta de serviços básicos de HIV BR

Unaids diz ser alto o número de meninas adolescentes e jovens mulheres que contraem e morrem de doenças ligadas ao HIV/Aids
Foto Unicef/ Frank Dejongh
Unaids diz ser alto o número de meninas adolescentes e jovens mulheres que contraem e morrem de doenças ligadas ao HIV/Aids

Unaids: prisões têm falta de serviços básicos de HIV

Saúde

Agência da ONU destaca que todos fatores ambientais, sociais, culturais, direitos humanos e biológicos levam a risco muito maior de contrair tuberculose e HIV nas prisões; prevalência do vírus entre pessoas presas é muito maior do que na população em geral.

Apesar da relativa facilidade de alcançar as pessoas nas prisões, os serviços de HIV não são fornecidos nos estabelecimentos de muitos países. De acordo com o Programa Conjunto sobre HIV/Aids, Unaids, nos últimos três anos, 32 países revelaram dados de programas sobre fornecimento de preservativos.

Especialistas argumentam que os detidos são civis que passaram por um julgamento em tribunal militar.
A Unaids diz que globalmente, a prevalência do vírus entre as pessoas presas é muito maior do que na população em geral. Foto: ONU/Evan Schneider

Somente 24 Estados forneceram informações sobre terapia de substituição de opioides nas prisões e três países sobre programas de entrega de injeção estéril.

Terapia Antirretroviral

No entanto, a Unaids diz que 74 países relataram informações sobre programas relacionados à cobertura de terapia antirretroviral e 83 nações mencionaram testes de HIV nas prisões.

A agência da ONU destaca que todos os fatores ambientais, sociais, culturais, direitos humanos e biológicos levam a um risco muito maior de contrair tuberculose e HIV nas prisões.

Riscos

Comportamentos de risco, como o compartilhamento de agulhas e seringas usadas, sexo desprotegido, violência sexual e falta de acesso a serviços abrangentes de prevenção e redução de danos, deixam as pessoas nas prisões mais vulneráveis aos riscos de contaminação pelo HIV e outras infecções.

A Unaids diz que globalmente, a prevalência do vírus entre as pessoas presas é muito maior do que na população em geral. Prisioneiros têm em média cinco vezes mais chances de viver com HIV, em comparação com adultos que vivem fora da prisão.

As chamadas “populações-chave”, que são pessoas que injetam drogas, profissionais do sexo e, em alguns países, pessoas trans e homens gays e outros que fazem sexo com homens, tendem a ser super-representadas entre as populações encarceradas.