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Chuvas que afetam mais de 1 milhão devem continuar no extremo leste da África

FAO está pedindo US$ 138 milhões para ajudar população da Somália e outros países do Chifre da África
Pnud Somalia
FAO está pedindo US$ 138 milhões para ajudar população da Somália e outros países do Chifre da África

Chuvas que afetam mais de 1 milhão devem continuar no extremo leste da África

Ajuda humanitária

Agências meteorológicas alertam que situação poderá durar várias semanas na Somália e no Sudão do Sul; ONU quer apoio para resposta nas áreas mais afetadas do extremo leste de África.

As Nações Unidas informaram que continuam buscando apoio para pessoas que fogem das áreas onde as chuvas que chegaram antes da estação já deslocaram cerca de 182 mil pessoas da Somália.

No Sudão do Sul, cerca de 900 mil pessoas teriam sido afetadas pela mesma situação, incluindo deslocados internos, refugiados e suas comunidades anfitriãs.

Rios

O Escritório de Assistência Humanitária, Ocha, declarou que as inundações afetam os estados somalis de Hirshabelle, Jubalândia e no sudoeste do país do leste africano. Terras agrícolas e infraestrutura ficaram danificadas pelo problema que afeta os meios de subsistência.

A previsão das autoridades meteorológicas é que esta semana as chuvas variem de moderadas a fortes nas áreas central e sul da Somália, bem como em partes das terras altas da vizinha Etiópia. Essa situação pode piorar os níveis dos rios e as inundações ao longo dos rios Juba e Shabelle.

Na Etiópia, mais de 220 mil pessoas foram deslocadas por inundações em cinco regiões onde as vítimas perderam propriedades e meios de subsistência. No total mais de meio milhão de pessoas foram afetadas pelas cheias.

As operações da ONU e parceiros aumentam nos três países onde a meta é aumentar a capacidade de resposta nas áreas afetadas com a oferta de água, comida, abrigo, serviços de saúde e outras formas de apoio.

Tempo

Mulher deslocada na Somália

As chuvas também causam estragos no Sudão do Sul após a inundação de várias áreas desde julho. 

As previsões do tempo também apontam para a continuação das chuvas por um período entre quatro a seis semanas. Esse cenário deverá colocar mais pessoas em risco.

Neste momento, várias das áreas inundadas já enfrentavam necessidades humanitárias. Culturas, terras aráveis e o setor agrário podem sofrer danos consideráveis.

As Nações Unidas anunciaram que agências humanitárias estão atuando nos dois países para aumentar a capacidade de resposta.

Um exemplo é o Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, que apura a situação no terreno para determinar a melhor forma de apoiar as vítimas.

Higiene

A agência anunciou que distribui comprimidos para purificar água e milhares de kits de higiene de prevenção de doenças. O Unicef também analisa e trata crianças que sofrem de desnutrição aguda, além de abrir e desinfetar fontes de água.

A agência informou que precisa de pelo menos US$ 5,5 milhões para ações imediatas, que incluem criar espaços temporários para aprendizagem e realizar campanhas de imunização em áreas afetadas pelas inundações.

Chuvas afetam mais de 1 milhão no extremo leste da África