Projeto da ONU com Moçambique avança serviços de saúde em áreas rurais
Juntos e sincronizados, os Agentes de Polivalentes Elementares (APEs), as Parteiras Tradicionais (PT), os activistas e os Comités de Saúde (CS) estão a fazer uma grande diferença com a sua contribuição na promoção da saúde, prevenção de doenças e na provisão de cuidados básicos aos cidadãos que vivem nas áreas onde as Unidades Sanitárias estão distantes das suas residências.
Uma parceria das Nações Unidas com o governo de Moçambique e agências internacionais ajuda a melhorar a vida de muitas pessoas nas áreas rurais do país africano.
Uma visita de monitoria às atividades do Programa Conjunto do Departamento para o Desenvolvimento Internacional do Reino Unido (DfID) e as Agências do Sistema das Nações Unidas (ONU) em Moçambique em apoio à Saúde Reprodutiva, Materna, Neonatal, Infantil e do Adolescente foi realizada no mês passado. O projeto cobre o período 2017 a 2020.
A iniciativa é apoiado pelo DfID no total de US$ 30 milhões de dólares num programa de três anos
O objetivo do programa Conjunto DfID/ONU é melhorar a procura, a utilização e a qualidade das intervenções da saúde sexual e reprodutiva materna.
A iniciativa é apoiada pelo DfID, e conta com um total de US$ 30 milhões de dólares num programa de três anos. O mesmo conta com o apoio técnico da Organização Mundial da Saúde (OMS), do Fundo das Nações Unidas para a População (Unfpa) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
Nos vários encontros mantidos, as autoridades sanitárias de Nampula e da Zambézia revelaram que com a implementação do programa conjunto DfID/ONU registou-se um aumento no número de mulheres que dão à luz nas unidades sanitárias, no número dos que aderem aos métodos do planeamento familiar, e de crianças completamente vacinadas.
O outro exemplo similar de envolvimento comunitário é o da área de saúde de Téngua, pertencente ao distrito de Milange. Com um total de aproximadamente 620 mil habitantes, o Distrito de Milange conta também com 17 Unidades Sanitárias do Serviço Nacional de Saude e possui 103 APEs e uma turma de 28 em formação. Tem parteiras tradicionais, ativistas e um Comité de Saúde funcional com 25 membros. O CS é composto por representantes das lideranças comunitárias e religiosas, da Associação da Medicina Tradicional de Moçambique (Ametramo), das Parteiras Tradicionais, do setor da educação e representante do sector da Saúde e dum ponto focal da Rádio Comunitária de Milange. Os Comités de Saúde de Monapo, de Milange e de Mocuba reúnem-se uma vez por mês.
O envolvimento comunitário é um dos pilares da Estratégia Nacional de Promoção de Saúde. Envolvimento comunitário significa trabalhar ativamente com as comunidades para que elas estejam organizadas e capacitadas para identificar os seus problemas de saúde e definir ações visando a promoção da sua saúde e a prevenção de doenças.
Para um envolvimento comunitário efetivo é necessário garantir uma maior coordenação das ações dos diferentes intervenientes e salvaguardar o papel do Ministério da Saúde, como agente facilitador do processo.
De facto, este aspeto está patente no trabalho com a comunidade em Monapo e Milange, locais onde a missão de monitoria se reuniu, nos dias 17 e 19 de setembro com as comunidades.
*Helvisney Cardoso da ONU Moçambique para a ONU News.