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ONU pede responsabilização após ataques que mataram 48 pessoas no Afeganistão

Cabul, capital afegã.
Unama/Fardin Waezi
Cabul, capital afegã.

ONU pede responsabilização após ataques que mataram 48 pessoas no Afeganistão

Paz e segurança

Explosões suicidas ocorreram em momento de campanha eleitoral; secretário-geral defende direito dos afegãos de estarem  livres do medo, da intimidação e da violência; eleições presidenciais estão previstas para 28 de setembro.

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, condenou com veemência os ataques suicidas que ocorreram esta terça-feira no Afeganistão.

De acordo com agências de notícias, pelo menos 48 pessoas morreram e várias dezenas ficaram feridas nas explosões ocorridas esta terça-feira em comício da campanha eleitoral na província de Parwan, a norte da capital Cabul, e em uma praça pública na principal cidade afegã.

Solidariedade 

Na explosão suicida ocorrida na província de Parwan, ao norte da capital, morreram 26 pessoas momentos antes do presidente Ashraf Ghani falar ao público.

António Guterres destaca que os ataques contra civis são inaceitáveis.

No outro atentado que aconteceu no centro de Cabul, um total de 22 pessoas perderam a vida. As milícias talibãs teriam reivindicado a autoria desses atos, segundo relatos das agências.

Em nota emitida pelo seu porta-voz, Guterres expressa solidariedade às famílias das vítimas, ao governo e ao povo do Afeganistão.

Eleições

O chefe da ONU sublinhou que todos os cidadãos afegãos, sejam eleitores, candidatos ou funcionários relacionados a eleições, “têm o direito de estar livres do medo, da intimidação e da violência”.

Guterres destaca que os ataques contra civis são inaceitáveis e que os autores  devem ser responsabilizados.

As duas explosões ocorrem 11 dias antes da realização das eleições presidenciais no país que contam com o apoio logístico das Nações Unidas.