Para ONU, independência do Zimbábue e luta anti-apartheid são partes essenciais do legado de Robert Mugabe

Ex-líder zimbabueano morreu, aos 95 anos; último discurso oficial de Mugabe nas Nações Unidas aconteceu dois meses antes de renunciar o cargo; secretário-geral expressou solidariedade com os mais próximos e vai enviar carta ao governo.
As Nações Unidas apontam o papel desempenhado pelo ex-presidente do Zimbábue, Robert Mugabe, para assegurar a independência do país e a luta contra o apartheid como partes essenciais do seu legado.
O ex-líder zimbabueano morreu esta sexta-feira em Singapura, aos 95 anos, vítima de doença após passar vários meses internado.
ONU continua fortemente comprometida em apoiar o Zimbábue em seus esforços para promover a estabilidade inclusiva, o desenvolvimento sustentável, a governabilidade democrática e os direitos humanos.
Em 2017, Mugabe fez o seu último discurso oficial como presidente do Zimbábue na 72ª Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque. As declarações foram apresentadas dois meses antes de renunciar ao cargo, após 37 anos no poder.
O porta-voz do secretário-geral das Nações Unidas expressou a solidariedade de António Guterres com a família e os mais próximos do ex-líder. Uma carta será enviada ao Governo do Zimbábue pela morte do ex-presidente Robert Mugabe.
A ONU destaca ainda as “contribuições notáveis” de Mugabe ao presidir organizações como a União Africana, a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral, Sadc, e como participante regular em eventos das Nações Unidas.
A organização sublinha que "continua fortemente comprometida em apoiar o Zimbábue em seus esforços para promover a estabilidade inclusiva, o desenvolvimento sustentável, a governabilidade democrática e os direitos humanos".