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ONU descreve “grande devastação” após passagem do furacão Dorian pelas Bahamas BR

Estação Aérea da Guarda Costeira de Clearwater, na Flórida, responde à devastação causada pelo furacão Dorian nas Bahamas.
Guarda Costeira do Sudeste dos EUA
Estação Aérea da Guarda Costeira de Clearwater, na Flórida, responde à devastação causada pelo furacão Dorian nas Bahamas.

ONU descreve “grande devastação” após passagem do furacão Dorian pelas Bahamas

Ajuda humanitária

No aquipélago, chefe humanitário quer acelerar operação de auxílio para salvar vidas; pelo menos 20 pessoas perderam a vida devido à tempestade; furacão voltou a ganhar força avançando agora com categoria 3 para a costa dos Estados Unidos.

O subsecretário-geral das Nações Unidas para os Assuntos Humanitários, Mark Lowcock, descreveu os danos em “enorme escala” e a  “grande devastação” causada pela passagem do furacão Dorian pelas Bahamas.

O chefe humanitário está no arquipélago desde quarta-feira e teve encontros com líderes do governo para ajudar a acelerar uma operação de auxílio para salvar vidas.

Vidas

Cerca de 70 mil pessoas precisam de ajuda nas ilhas de Grand Bahama e Ábaco. Falando ao telefone com jornalistas que estavam na sede da ONU em Nova Iorque, o chefe humanitário disse que a maior preocupação é com essas “dezenas de milhares de afetados nas duas ilhas.",

Visualização gráfica do furacão Dorian nas Bahamas

As autoridades do arquipélago informaram que pelo menos 20 pessoas perderam a vida. Imagens aéreas mostram um grande nível de destruição no terreno.

Lowcock   disse que o acesso “ainda é muito limitado” para os esforços de resgate e ajuda humanitária para as ilhas afetadas. O representante destacou ainda que a escala do desastre “não tem precedentes para o que é, essencialmente, um país próspero”.

Grande parte da resposta ao desastre é apoiada pelo governo, mas devido à dimensão do desastre, ele considera apropriado que a comunidade internacional responda ao pedido de assistência que será feito para o país.

Acesso

Várias equipes de resgate começaram a ter acesso às áreas mais atingidas do arquipélago de cerca de 700 ilhas, que estão espalhadas em mais de 160 mil quilômetros quadrados de oceano.

Lowcock  declarou que depois da avaliação das necessidades, estas serão submetidas à comunidade internacional.

Antes, o secretário-geral António Guterres disse que “continua profundamente preocupado” com os milhares afetados pelo furacão Dorian.

O chefe da ONU disse que as Nações Unidas vem apoiando  os esforços contínuos de resgate e socorro liderados pelo governo, e contribui com equipes de avaliação para se juntarem às outras pessoas enviadas para as áreas afetadas.

Doadores

A assistência à quarta tempestade da temporada de furacões de 2019 no Caribe também envolve especialistas da Organização Internacional para Migrações, OIM, do Programa da ONU para o Desenvolvimento, Pnud, e da Organização Mundial da Saúde, OMS.

Segundo a ONU, as vítimas perderam tudo e precisam urgentemente de abrigo, água potável, alimentos e remédios. O chefe da ONU pediu aos doadores  que forneçam fundos de emergência para os esforços de resposta humanitária e recuperação logo que forem conhecidas as necessidades.

A tempestade que causou  destruição  em áreas do norte das Bahamas enfraqueceu depois  de atingir a área, mas voltou a ganhar força avançando agora com ventos máximos a 185 km/h.

Categoria 3

Agências de notícias informaram que estão sendo sentidos os efeitos da tempestade da categoria 3 na costa da Carolina do Sul e Carolina do Norte, enquando esta avança lentamente.

Dezenas de milhares de pessoas estão sem eletricidade nos Estados Unidos e moradores de áreas desde a Geórgia até a Virgínia foram aconselhados a acompanhar os alertas de emergência.

Temporada de furacões começou em 1 de junho na região.
NASA
Temporada de furacões começou em 1 de junho na região.