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ONU elogia “contribuição decisiva” da Comissão Internacional contra a Impunidade na Guatemala

O chefe da Comissão Internacional contra a Impunidade na Guatemala, Iván Velásquez, em encontro com o secretário-geral António Guterres.
ONU
O chefe da Comissão Internacional contra a Impunidade na Guatemala, Iván Velásquez, em encontro com o secretário-geral António Guterres.

ONU elogia “contribuição decisiva” da Comissão Internacional contra a Impunidade na Guatemala

Direitos humanos

Órgão independente terminou 12 anos de atividade nesta terça-feira; secretário-geral disse esperar que sejam protegidos os direitos das pessoas envolvidas no combate a esse tipo de crimes.

As Nações Unidas consideram que a Comissão Internacional contra a Impunidade na Guatemala, Cicig, deu uma “contribuição decisiva” para fortalecer o Estado de direito, as capacidades de investigação e processual durante os 12 anos de operação no país.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, agradeceu aos funcionários do órgão internacional “pelo seu profissionalismo e compromisso em ajudar a causa da justiça” em nota publicada esta terça-feira para marcar o fim das atividades.

Impunidade

secretário-geral disse esperar que sejam protegidos os direitos das pessoas envolvidas no combate à impunidade.
secretário-geral disse esperar que sejam protegidos os direitos das pessoas envolvidas no combate à impunidade., by Banco Mundial/Jesus Alfonso

O chefe das Nações Unidas disse que acredita que os esforços para combater a impunidade continuarão, em mensagem que sublinha que a ONU está disposta a continuar cooperando para o reforço do Estado de direito na Guatemala.

Durante o período de operação, a comissão atuou juntamente com a sociedade civil, instituições públicas, privadas e agências da ONU em território guatemalteco.

Na ação com o Ministério Público da Guatemala foram acusadas mais de 1,5 mil pessoas e cerca de 660 foram levadas aos tribunais, resultando em mais de 400 sentenças.

Trabalho

Um dos processos mais salientes envolvendo o trabalho da comissão foi o chamado “La línea”, que iniciou em 2015, onde foram incriminados o ex-presidente do país Otto Pérez Molina e a vice-presidente Roxana Baldetti.

Pérez Molina renunciou à presidência em setembro do mesmo ano, e mais tarde foi preso e acusado por crimes de corrupção.

Para o secretário-geral das Nações Unidas, a expectativa é que os direitos das pessoas envolvidas no combate à impunidade na Guatemala sejam protegidos.