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Apoio pós-ciclones é impulsionado com mais fundos em Moçambique

Agência destacou esforços em Moçambique para apoiar 1,9 milhão de pessoas que correm risco de passar fome no primeiro trimestre do próximo ano.
Unicef/Karel Prinsloo
Agência destacou esforços em Moçambique para apoiar 1,9 milhão de pessoas que correm risco de passar fome no primeiro trimestre do próximo ano.

Apoio pós-ciclones é impulsionado com mais fundos em Moçambique

Ajuda humanitária

PMA e Unicef recebem US$ 4,1 milhões da Noruega para beneficiar vítimas dos ciclones Idai e Kenneth; cerca da metade do montante será aplicada no auxílio a crianças com deficiência e outra parte em ações de recuperação.*

O Programa Mundial de Alimentação, PMA, e o Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, implementam desde agosto programas de recuperação resiliente das vítimas dos ciclones Idai e Kenneth que este ano passaram por Moçambique.

Para fazer face às necessidades das populações afetadas, as agências da ONU lançaram apelos para o financiamento da recuperação, a médio e longo prazos, que tiveram respostas da Noruega no valor total de US$ 4,1 milhões.

PMA e Unicef recebem US$ 4,1 milhões da Noruega para beneficiar vítimas dos ciclones Idai e Kenneth
PMA e Unicef recebem US$ 4,1 milhões da Noruega para beneficiar vítimas dos ciclones Idai e Kenneth. Foto: Unicef/James Aldworth

Acordo

No ato da formalização do acordo de financiamento, em Maputo, a embaixadora norueguesa em Moçambique, Aud Marit Wiig, citou a importância do apoio para os grupos-alvo mais necessitados.

“Não devemos esquecer as pessoas e as comunidades afetadas pelos ciclones. Temos que apoiar para que possam sobreviver, até que possam ter a colheita da próxima época e normalizar as suas vidas. Agora, o nosso foco está na reabilitação e reconstrução pós-ciclone, através destes dois acordos que acabamos de assinar e outro acordo que vamos assinar com o Fnuap.”

Durante a resposta de emergência aos ciclones Idai e Kenneth, o PMA alcançou 1,8 milhão de pessoas com assistência alimentar. Já o Unicef e seus parceiros beneficiaram mais de 620 mil pessoas com várias atividades.

As ações foram implementadas em áreas incluindo saneamento, promoção de higiene, práticas seguras de tratamento de água, proteção de pessoas vulneráveis contra abusos e exploração, vacinação contra a cólera, espaços para aprendizagem e recreio de crianças.

Ato da formalização do acordo de financiamento, em Maputo, Moçambique.
Unicef/James Aldworth
Ato da formalização do acordo de financiamento, em Maputo, Moçambique.

Deficiência

O representante do Unicef em Moçambique, Marcoluigi Corsi destacou as prioridades que deverão ser consideradas, cumprindo com metas globais de desenvolvimento.

“Com esta doação de mais de U$S 2,1 milhões temos um foco na educação, sobretudo apoiar a criança com deficiência. Vamos reabilitar cerca de 50 escolas que vão beneficiar 1,5 mil crianças com deficiência. Para nós, isso é muito importante porque um dos temas principais dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável é “Não deixar ninguém para trás”.

Na ocasião, a representante do PMA em Moçambique, Karin Manente, elogiou o apoio da Embaixada da Noruega em Moçambique revelando que várias atividades ainda estão por implementar.

“O financiamento do Governo da Noruega, que totaliza US$ 2 milhões, vai permitir o PMA fornecer assistência alimentar as famílias mais vulneráveis afetadas pelo ciclone nas províncias de Sofala, Manica, Tete, Zambézia, Cabo Delgado e Nampula. Permitirá o PMA apoiar, mensalmente, por volta de 137 mil pessoas na criação de vários bens a nível comunitário, na transferência de insumos, de conhecimentos para participantes na ajuda incondicional e aquelas que não puderam participar nestas atividades.”

Segurança

O PMA disse concentrar seus esforços na proteção e promoção de meios locais para alcançar a segurança alimentar e nutricional.

O Unicef reiterou o compromisso de tornar a ação humanitária inclusiva às pessoas com deficiência e garantir que os serviços humanitários sejam totalmente acessíveis.

 

De Maputo para ONU News, Ouri Pota