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Países decidem controlar população de girafas após perda de até 40% em 30 anos BR

Uma girafa no norte da Tanzânia.
ONU News/ Daniel Dickinson
Uma girafa no norte da Tanzânia.

Países decidem controlar população de girafas após perda de até 40% em 30 anos

Legislação e prevenção de crimes

Decisões sobre elefantes, felinos e outros mamíferos para promover a conservação e o uso sustentável da vida selvagem em todo o mundo; conferência em Genebra listou todas as espécies de cedro da América Latina em anexos de acordo com grau de proteção que precisam.

Terminou esta quarta-feira a 18ª reunião da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Fauna e Flora Selvagens, Cites, realizada em Genebra.

O encontro adotou uma lista de decisões para promover a conservação e o uso sustentável da vida selvagem em todo o mundo.

Uma tartaruga nada por um recife de coral nas Maldivas
Foto: Coral Reef Image Bank/Jayne Jenk

Sobrevivência

Com a diminuição da população de girafas, entre 36% a 40% nas últimas três décadas, os mais altos animais do mundo foram colocados num anexo de espécies não necessariamente ameaçadas de extinção, mas cujo comércio deve ser controlado. A meta é evitar uma utilização incompatível com sua sobrevivência após a perda de seu habitat e outras pressões.

Pelo mesmo problema, foi proibido todo o comércio de espécies de lontras de garras lisas e pequenas garras da Ásia.

A Cites acrescentou várias espécies de tartarugas, lagartos e lagartixas nos anexos pelo crescente comércio exótico de animais de estimação que coloca pressão sobre eles.

Na conferência, os países estabeleceram uma Força Tarefa sobre Felinos para melhorar a fiscalização, combater o comércio ilegal e promover a colaboração na conservação de tigres, leões, chitas, onças e leopardos.

Quanto aos elefantes, foram revistas as medidas para a exportação da espécie africana quando ainda em vida para fora do seu alcance natural.
Banco Mundial/Arne Hoel
Quanto aos elefantes, foram revistas as medidas para a exportação da espécie africana quando ainda em vida para fora do seu alcance natural.

Elefantes

Quanto aos elefantes, foram revistas as medidas para a exportação da espécie africana quando ainda em vida para fora do seu alcance natural. Esta prática será permitida apenas em “circunstâncias excepcionais”.

Além disso, a conferência reexaminou regras de comércio para dezenas de espécies selvagens ameaçadas pelo comércio instável ligado à exploração, pesca ou caça excessiva.

Entre essas espécies estão peixes e plantas com valor comercial, mamíferos, anfíbios e répteis vendidos como animais de estimação exóticos. No total, foram consideradas 56 propostas abrangendo 36 mil espécies.

Mais 18 espécies de tubarões foram acrescentadas à lista da Cites que está sujeita a quotas comerciais e precisam de uma ação para a promoção de pesca comercial sustentável.

Aprovadas decisões para proteger a vida selvagem

Comércio

Entre eles estão peixe-sapo, altamente valorizado por suas barbatanas e considerada espécie em perigo. O grupo inclui tubarões-taquara, o tubarão-anequim espécies brancas e peixes-cunha.

Entre as espécies marinhas abordadas pela conferência estão enguias, peixes do teto ou pepino do mar, rainha-do-mar, tartarugas marinhas, corais preciosos, esturjões e cavalos-marinhos.

Além disso, os governos concordaram em examinar o comércio de peixes ornamentais marinhos vivos para avaliar o papel que a Cites poderia ou deveria desempenhar na regulamentação desse comércio.

Cites 2019
CITES
Cites 2019

Cedro

O evento destacou o comércio de árvores de madeira tropical como outro mercado de vida selvagem de alto valor comercial, ao definir que é preciso obter licenças de comércio para madeira prensada e outras formas. Todas as espécies de cedro da América Latina foram listadas nos anexos.

A conferência reviu regras sobre roseiras e espécies de plantas relacionadas. A ideia é garantir que pequenos itens acabados, incluindo instrumentos musicais, peças e acessórios, possam ser transportados além-fronteiras sem a necessidade de licenças da Cites.