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ONU disponível para realizar encontro sobre Amazônia durante Assembleia Geral BR

Sobre a Amazônia, Michelle Bachelet destacou ainda o uso indevido do direito penal para silenciar vozes críticas
Foto ONU: Eskinder Debebe
Sobre a Amazônia, Michelle Bachelet destacou ainda o uso indevido do direito penal para silenciar vozes críticas

ONU disponível para realizar encontro sobre Amazônia durante Assembleia Geral

Clima e Meio Ambiente

António Guterres disse que encontro pode reunir países onde existe esta floresta e nações que querem apoiar os esforços de preservação; G7 vai ajudar no combate aos fogos com US$ 20 milhões.

O secretário-geral da ONU anunciou esta segunda-feira que as Nações Unidas estão disponíveis para realizar um evento sobre a Amazônia durante o encontro de alto nível da Assembleia Geral, que acontece em Nova Iorque em setembro.

António Guterres falou com jornalistas em Biarritz, em França, à margem do encontro anual do G7, que reúne as sete maiores economias mundiais.

No caso do Brasil, o relatório destaca o que chama de “tendência recente de aumento do desmatamento”. Ali, as emissões de CO2 estariam pelo menos 15% acima da meta de redução.
Deflorestação na Amazônia é causada sobretudo pela indústria mineira e agricultura,  Pnuma/Riccardo Pravettoni

Apoio

O chefe das Nações Unidas explicou que nesse encontro “os países da Amazônia e todos aqueles que querem apoiá-los poderiam se comprometer com a vontade coletiva da humanidade de preservar esse patrimônio universal, que é absolutamente essencial para o bem-estar da população mundial e decisivo para evitar as mudanças climáticas.”

Segundo agências de notícias, o G7 decidiu desbloquear uma ajuda de emergência de US$ 20 milhões para a Amazônia. Os recursos serão destinados principalmente para o envio de aviões de combate a incêndio.

O chefe da ONU disse que este apoio “é muito importante.” Segundo ele, existe “um forte apelo à comunidade internacional para apoiar os países da Amazônia, agora no combate aos incêndios e depois no reflorestamento, que é essencial para preservar esse patrimônio indispensável da humanidade.”

António Guterres disse esperar que seja possível “mobilizar muito mais recursos no futuro para apoiar os países da Amazônia e que a vontade política desses países possa ser totalmente engajada.”

Brasil

Em nota, a diretora executiva do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Pnuma, também disse que “a agência “está pronta para trabalhar com os Estados-membros, incluindo o Brasil, na resposta a esta crise atual.”

Inger Andersen afirmou que “o Brasil tem uma longa tradição de ação para proteger a Amazônia” e que o Pnuma continuará “trabalhando com o governo e o povo do Brasil, fornecendo ciência, ferramentas e avaliações para orientar políticas baseadas em ciência, pedindo aos Estados-membros que enfrentem desafios ambientais prementes e advogando em nome da Amazônia e outras florestas em todo o mundo.”

A representante terminou pedindo aos “Estados-membros para se unirem e tomarem as medidas necessárias para extinguir os incêndios, impedir o início de mais fogo e proteger a Amazônia em benefício do Brasil e do mundo.”

Unctad acredita, no entanto, que produtos como soja e cobre devem ficar de fora da crise gerada pela pandemia. 
Unep Grid Arendal/Riccardo Pravettoni
Unctad acredita, no entanto, que produtos como soja e cobre devem ficar de fora da crise gerada pela pandemia.