No Iêmen, PMA retoma entrega de alimentos em Sanaa após dois meses BR
Trabalhadores humanitários em um armazém em Lahj, Iêmen.
No Iêmen, PMA retoma entrega de alimentos em Sanaa após dois meses
Ajuda humanitária
Cerca de 850 mil pessoas serão beneficiadas pelas entregas que começam na próxima semana; agência pretende avaliar implementação após acordo assinado com combatentes houthis.
O Programa Mundial de Alimentação, PMA, retoma a distribuição de comida para 850 mil iemenitas da cidade de Sanaa, após uma interrupção nos últimos dois meses.
As ações acontecem na próxima semana após o festival do Eid Al Adha, que marca a celebração da grande festa de sacrifício dos muçulmanos neste fim de semana.
Questões Técnicas
A agência destaca que as garantias dos combatentes houthis foram feitas por escrito, após conversas realizadas das últimas semanas, quando foi negociado o documento assinado na quinta-feira. Para o PMA, o mais importante é que também houve consenso sobre questões técnicas sobre essa distribuição.
O PMA defende haver motivos para acreditar que os houthis querem o bem das pessoas e ajudarão a agência a implementar o acordo. Essa situação será avaliada se esse não for o caso, destacou o porta-voz do PMA Hervé Verhoosel.
A agência da ONU elogiou os “passos importantes e positivos” dados pelas autoridades baseadas em Sanaa sobre a proteção para garantir a chegada de ajuda humanitária alimentar às pessoas mais vulneráveis em áreas sob seu controle.
Milhões de crianças em todo o Iêmen enfrentam sérias ameaças devido à desnutrição.
Assistência
Com a assinatura do documento serão realizadas ações “para se estabelecer um processo independente e responsável para identificar e registrar as famílias que mais precisam de assistência alimentar essencial”.
Uma das novas medidas a serem implementadas pelo PMA será a criação de um sistema de gestão dos beneficiários de ajuda, baseado em um cartão inteligente para beneficiar 9 milhões de pessoas.
O objetivo dessa ferramenta para áreas iemenitas controladas pelas autoridades de Sanaa é “proporcionar a proteção e a privacidade dos receptores de ajuda e a independência da operação humanitária”.
