Sonhos de meninas em zonas de conflito são tema de exposição em Nova Iorque
Imagens do fotógrafo Vincent Tremeau mostram crianças e adolescentes entre os seis e os 18 anos que vivem em crises humanitárias em várias partes do mundo; iniciativa do Escritório das Nações Unidas de Assistência Humanitária pode ser vista na sede da ONU.
Na sede das Nações Unidas em Nova Iorque uma exposição de fotografia mostra as esperanças e sonhos de meninas presas em crises em todo o mundo. As imagens são do fotógrafo francês, Vincent Tremeau.
A exposição tem o título "Um dia eu vou" e conta histórias de meninas de 6 aos 18 anos de todo o mundo. A iniciativa é do Escritório das Nações Unidas de Assistência Humanitária, Ocha
Crise
Neste momento, uma em cada 70 pessoas vive num local afetado por uma crise humanitária. Em situações de conflito e deslocamento, as meninas têm duas vezes e meia mais possibilidades de estar fora da escola.
Presente na abertura da exposição, a vice-secretária-geral, Amina J. Mohammed, disse que as fotografias "lembram que estas meninas se recusam a ser definidas pela sua vulnerabilidade". Mohammed acredita que “com as ferramentas certas e apoio”, é possível ajudá-las “a tornar estes sonhos o seu destino.”
Também presente na inauguração, o subsecretário-geral de Assuntos Humanitários da ONU, Mark Lowcock, disse que “mulheres e meninas são as pessoas que mais sofrem em crises humanitárias.”
O chefe humanitário disse que ouvir suas histórias lhe parte o coração, mas também fica inspirado ao “ouvir sobre sua esperança contínua, sua determinação de assumir o controle de suas próprias vidas e construir um futuro melhor.”
Histórias
Em cada foto, as meninas se vestem para mostrar quem querem ser quando crescerem, usando fantasias e objetos de seus arredores.
O fotografo, Vincent Tremeau, disse que o projeto começou como um jogo que fazia com as meninas mais novas. Ele explica que “quando tens oito anos as vezes não tens as palavras para te expressares da melhor forma, mas tens a criatividade.”
Cada imagem é acompanhada por uma pequena descrição da menina e dos seus sonhos. Tremeau disse que “a história por trás de cada foto é tão importante quanto a própria foto”.
A abertura da exposição deu início às comemorações do Dia Mundial do Trabalhador Humanitário, que este ano homenageia mulheres humanitárias em todo o mundo.