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Nações Unidas “profundamente alarmadas” com violência no noroeste da Síria

Famílias passam a noite em acampamento improvisado na vila de Atmah, perto da fronteira turca, após ataques no norte de Hama, no sul de Idlib, na Síria.
© Unicef/UN0318979/Ashawi
Famílias passam a noite em acampamento improvisado na vila de Atmah, perto da fronteira turca, após ataques no norte de Hama, no sul de Idlib, na Síria.

Nações Unidas “profundamente alarmadas” com violência no noroeste da Síria

Paz e segurança

Crianças compõem um terço dos 3 milhões de civis que estão em perigo iminente; população de Idlib dobrou com número de pessoas fugidas de Alepo e Gouta Oriental; cerca de 330 mil civis fugiram de suas casas desde maio.

As Nações Unidas continuam "profundamente alarmadas" com o impacto humanitário da violência no noroeste da Síria.

Segundo o porta-voz do secretário-geral, 3 milhões de civis, entre eles 1 milhão de crianças, estão em perigo iminente.

Veículo da ONU em Rukban, uma área afetada por conflitos
Veículo da ONU em Rukban, uma área afetada por conflitos. Foto: Ocha/Fadwa Baroud

Vítimas

Falando a jornalistas em Nova Iorque, Stephane Dujarric disse que os confrontos causaram centenas de mortes e feridos em pouco mais de dois meses. Infraestruturas também foram destruídas.

Estes ataques causaram a interrupção de serviços vitais para as populações afetadas. Desde o final de abril, pelo menos 25 centros de saúde e 45 escolas foram danificadas devido a ataques aéreos nas províncias de Hama e Idlib.

Os atos concentram-se em áreas controladas por grupos armados não-estatais em Idlib, mas também em áreas sob o controlo do governo.

Desde maio, cerca de 330 mil pessoas fugiram de suas casas. A maioria procurou segurança em locais onde os serviços já estão sobrecarregados.

A ONU e os seus parceiros estão fornecendo alimentos, abrigo, educação e água potável a centenas de milhares de civis nesta região.

Desde 2015, a população de Idlib duplicou, com pessoas que fugiram de Alepo e Gouta Oriental.

Violência no noroeste da Síria

Ajuda

O conflito na Síria, que começou em 2011, já causou 5,6 milhões de refugiados e 6,6 milhões de deslocados internos.

Neste momento, 13,1 milhões de pessoas precisam de ajuda no país. Cerca de 2,9 milhões de sírios estão em locais de difícil acesso ou cercadas. 

Comissão Internacional Independente de Inquérito para a Síria, presidida pelo brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro, tem documentado graves violações de direitos humanos.
Acnur/Christopher Reardon
Comissão Internacional Independente de Inquérito para a Síria, presidida pelo brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro, tem documentado graves violações de direitos humanos.