Portugal recebe Fórum Mundial da Juventude apoiado pelas Nações Unidas
Secretário-geral e presidente da Assembleia Geral da ONU participam no encontro; ministros e altos representantes debatem grandes desafios para o grupo; evento deve terminar com uma nova Declaração sobre Políticas e Programas da Juventude.
Lisboa acolhe, este fim de semana, a Conferência Mundial de Ministros Responsáveis pela Juventude 2019 e o Fórum da Juventude Lisboa + 21.
O encontro de dois dias conta com o apoio de várias agências das Nações Unidas e vai abordar os grandes temas relacionados com a juventude.
Estratégia
O secretário-geral da ONU, António Guterres, participará na sessão de encerramento do evento juntamente com o primeiro-ministro de Portugal, António Costa.
Reconhecendo a importância da Juventude para uma implementação eficaz da Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável, Guterres lançou uma nova Estratégia da ONU sobre a Juventude, em setembro passado. A iniciativa “Youth 2030” pretende envolver, mas especialmente capacitar os jovens para alcanças as metas globais.
Também a presidente da Assembleia Geral da ONU, María Fernanda Espinosa, e a Enviada para a Juventude, Jayathma Wickramanayake, estarão presentes no evento.
Prioridades
As Nações Unidas consideram que os jovens desempenham um papel fundamental na formulação da Agenda 2030, sendo o seu envolvimento essencial para garantir um desenvolvimento sustentável.
Este evento tem como principais objetivos proporcionar aos Estados e aos jovens um espaço de partilha dos esforços feitos para implementar os compromissos da Declaração de Lisboa de 1998. Outra meta é facilitar um diálogo em torno de estratégias e iniciativas inovadoras e operacionais para a integração da juventude na formulação de políticas.
Da Conferência e do Fórum sairá uma Declaração renovada sobre Políticas e Programas da Juventude, Lisboa + 21, no quadro da Agenda 2030. O documento considerará também Programa de Ação Mundial para Juventude, assim como o Compromisso de Baku com as Políticas de Juventude.
Progresso
Apesar dos avanços significativos em termos de desenvolvimento humano nas últimas décadas, permanecem desafios profundos.
A ONU destaca que o progresso tem sido desigual, com muitos jovens em todo o mundo a serem vítimas de discriminação, exclusão política, pobreza, acesso limitado aos sistemas de saúde, de educação, e a trabalho digno.
Em 1995, a Assembleia Geral da ONU adotou o Programa Mundial de Açãopara a Juventude, Pmaj, uma resolução acordada internacionalmente que define uma estrutura política e diretrizes práticas para ação nacional e apoio internacional para melhorar a situação dos jovens em todo o mundo.
O Pmaj abrange 15 áreas prioritárias para jovens e contém propostas de ação em cada uma dessas prioridades.
História
A implementação do Programa de Ação exige que os jovens desfrutem de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais, e também exige que os governos tomem medidas efetivas contra as violações desses direitos e liberdades.
Para além disso, promove a não discriminação, a tolerância, o respeito à diversidade, com total respeito por vários valores religiosos e éticos, origens culturais e convicções filosóficas de seus jovens, igualdade de oportunidades, solidariedade, segurança e participação de todas as mulheres e homens jovens.
Em agosto de 1998, na véspera do século 21, vários compromissos relativos a estes domínios políticos foram definidos na Declaração de Lisboa sobre Políticas e Programas para a Juventude. Essa fase resultou da I Conferência Mundial de Ministros Responsáveis pela Juventude, organizada pelo governo português em colaboração com parceiros do sistema da ONU.
Vinte e um anos depois os Estados são chamados a ampliar os esforços e efetivamente integrar a juventude na implementação da Agenda 2030.