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Portugal defende “melhores modelos sociais” em Conferência Internacional do Trabalho

Sala da Conferência Internacional do Trabalho
OIT/Marcel Crozet
Sala da Conferência Internacional do Trabalho

Portugal defende “melhores modelos sociais” em Conferência Internacional do Trabalho

Desenvolvimento econômico

Primeiro-ministro António Costa foi um dos 45 líderes internacionais que participaram em encontro anual da Organização Internacional do Trabalho; evento termina esta sexta-feira com discurso do secretário-geral das Nações Unidas.

O primeiro-ministro de Portugal disse na 108ª Conferência Internacional do Trabalho que "a tecnologia deve servir a sociedade e ajudar as pessoas a trabalhar, mas também a viver melhor."

António Costa é um dos 45 chefes de Estado e de governo que participaram no encontro, em Genebra, que marca os 100 anos da Organização Internacional do Trabalho, OIT.

Portugal na Conferência Internacional do Trabalho

Mensagem

O representante português falou sobre as mudanças no mundo do trabalho e o futuro desta área, um dos temas do encontro de duas semanas. Para o chefe do governo é preciso garantir que “no futuro o trabalho será sempre trabalho com direitos.”  

“Estes são os princípios fundamentais de uma economia inovadora e criativa, que gera riqueza e cria emprego, mas também uma sociedade mais justa, solidária e inclusiva, que democratiza o trabalho e o bem-estar e não deixa ninguém para trás.”

Futuro

O primeiro-ministro também elogiou o relatório da Comissão Global sobre o Futuro do Trabalho e afirmou que o futuro “dependerá da vontade do homem e das escolhas que fizer.”

“Nesta agenda de futuro, contamos com o contributo inestimável da Organização Internacional do Trabalho como um dos atores mais relevantes da governação global, unindo esforços com os seus parceiros aos níveis internacional, nacional e regional para defender a dignidade do trabalho e o importante legado que construiu nestes 100 anos.”

António Costa disse ainda que “o futuro do mundo não é uma corrida até ao fundo, mas o oposto.” Segundo ele, é preciso “ter os melhores modelos sociais, ser mais inclusivos e ter mais dignidade para o trabalho e trabalhadores.”

Temas

A conferência aborda os desafios apresentados pelas profundas transformações que ocorrem no mundo do trabalho. Participaram no encontro perto de 6 mil pessoas.

No encerramento da conferência, nesta sexta-feira, pode ser adotada uma Declaração Centenária da OIT para destacar uma abordagem centrada no ser humano para o futuro do trabalho. O secretário-geral da ONU, António Guterres, discursa no encerramento.