Serviços de saúde materna absorvem mais de 40% de despesas de 5 milhões de famílias

Novo estudo do Unicef é lançado na Conferência Women Deliver 2019; maior conferência mundial sobre igualdade de gênero e saúde reúne cerca de 6 mil representantes até quinta-feira, em Vancouver, Canadá.
Mais de 5 milhões de famílias gastam mais de 40% das suas despesas domésticas não alimentares do ano em serviços de saúde materna na África, na Ásia e na América Latina e Caribe.
A constatação faz parte de um estudo do Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, divulgado esta segunda-feira pelo início da Conferência Women Deliver 2019. O evento acontecerá em Vancouver, Canadá, entre segunda e quinta-feira.
A Ásia tem quase dois terços de agregados familiares, ou cerca de 3 milhões, vivendo nessa situação e a seguir está o continente africano com cerca de 1,9 milhão de famílias.
A análise também constata que os custos dos cuidados pré-natais e serviços de parto podem impedir que as mulheres grávidas procurem atendimento médico, colocando em risco a vida das mães e seus bebês.
No continente africano, quase 10% do total de partos assistidos por um profissional de saúde qualificado custam 40% da renda anual.
Na maior conferência mundial sobre igualdade de gênero e saúde, direitos e bem-estar de meninas e mulheres no século 21 se pretende também estimular as pessoas dedicadas à promoção desse tema.
A reunião acolhe cerca de 6 mil representantes incluindo líderes mundiais, representantes de autoridades governamentais, da sociedade civil e do setor privado, jovens, ativistas, acadêmicos e jornalistas de mais de 150 países.
Em paralelo à Conferência Women Deliver, a OMS e o o Fundo da ONU para a População deverão reunir parlamentares de mais de 40 países com o apoio do Fórum Parlamentar Europeu sobre População e Desenvolvimento.
A OMS defende que não se poderão alcançar as metas da agenda de saúde e desenvolvimento sustentável sem inclusão de mulheres e meninas. A meta é que estas tenham acesso a cuidados de saúde de qualidade e acessíveis, possam exercer livremente seus direitos de saúde sexual e reprodutiva e sejam tratadas e respeitadas como seres iguais.