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Moçambique: doadores prometem 1,2 mil milhão para reconstrução após ciclones

Presidente de Moçambique, Filipe Jacinto Nyusi, no final da conferência
ONU Moçambique
Presidente de Moçambique, Filipe Jacinto Nyusi, no final da conferência

Moçambique: doadores prometem 1,2 mil milhão para reconstrução após ciclones

Ajuda humanitária

Anúncio foi feito pelo presidente do país no final de uma Conferência Internacional que reuniu cerca de 700 participantes na cidade da Beira; Nyusi agradeceu o apoio das Nações Unidas, dizendo que “salvou vidas moçambicanas”. 

Doadores internacionais prometeram contribuir com US$ 1,2 mil milhões, ou 1,2 bilhão, para a reconstrução das áreas atingidas pelos ciclones Idai e Kenneth em Moçambique. 

O anúncio foi feito pelo presidente do país, Filipe Jacinto Nyusi, no final de uma Conferência Internacional de Doadores que aconteceu sexta-feira e sábado na cidade da Beira.

Sala na Beira, Moçambique, onde aconteceu a Conferência Internacional de Doadores
Sala na Beira, Moçambique, onde aconteceu a Conferência Internacional de Doadores, ONU Moçambique

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Em seu discurso, o presidente disse que “não se pode esquecer de destacar o apoio crucial e as ações das Nações Unidas, sobretudo o Programa Mundial de Alimentos, e da Federação Internacional da Cruz Vermelha na resposta imediata humanitária após os ciclones Idai e Kenneth.”

Nyusi disse ainda “muito obrigado por salvarem vidas moçambicanas.”

Discursos 

Este sábado, também foi lida uma mensagem do secretário-geral, António Guterres. 

O chefe da ONU pediu uma “resposta generosa” da comunidade internacional e disse que “este é o momento para traduzir em gestos concretos a solidariedade para com um país que sofreu uma das piores catástrofes ambientais jamais vividas em África.”

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O secretário-geral assegurou que “a ONU intensificará a sua ação destinada a fazer face aos efeitos, de curto e médio prazo, da catástrofe.”

Outra participante no segundo dia da conferência foi a diretora executiva assistente do Programa Mundial de Alimentos, PMA. 

Referindo-se às ameaças da mudança climática, Ute Klamert afirmou que “vulnerabilidade não é um estado permanente, pode mudar.”

Necessidades

Moçambique precisa de US$ 3,2 mil milhões para a reconstrução pós-ciclone nas províncias de Sofala, Manica, Tete, Zambézia, Inhambane Nampula e Cabo Delgado.

A base deste apelo é a Avaliação das Necessidades Pós-Desastres, Pdna na sigla em inglês, que foi realizada pelo governo com o apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, Pnud, União Europeia, Banco Mundial e Banco Africano de Desenvolvimento.

Discussões técnicas marcaram o primeiro dia da conferência. O segundo dia foi dedicado às promessas dos diferentes doadores em sessões presididas pelo presidente do país, Filipe Jacinto Nyusi.

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