Na Guiné-Bissau, organizações internacionais pedem nomeação urgente de um novo primeiro-ministro
Comunicado apela ao respeito dos resultados eleitorais “como uma expressão da vontade soberana do povo”; grupo expressa preocupação com a falta de nomeação chefe de governo mais de dois meses após eleições legislativas.
O grupo de cinco organizações internacionais envolvidas no processo de consolidação da paz na Guiné-Bissau, chamado P5, pediu a nomeação urgente de um novo primeiro-ministro e a formação de um novo governo no país.
Uma nota publicada esta sexta-feira, em Bissau, defende que a data das eleições presidenciais também deve ser marcada para 2019.
Resultado

O coletivo integra a União Africana, a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, Cplp, e a Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental, Cedeao, a União Europeia e as Nações Unidas.
Com a declaração das eleições legislativas de 10 de março como "credíveis e transparentes", o P5 sublinha que “todos os partidos e atores políticos devem respeitar os resultados eleitorais como uma expressão da vontade soberana do povo da Guiné-Bissau”.
O pedido feito aos atores políticos é que possam “abdicar dos seus interesses privados ou partidários" e trabalhar em conjunto e de maneira construtiva para o bem do país.
Impasse
Sobre o clima de tensão após “desacordos sobre a eleição dos membros da Mesa da Assembleia Nacional Popular”, o apelo aos envolvidos é que se empenhem no diálogo construtivo para encontrar uma solução para o atual impasse, a fim de finalizar a constituição da mesa” do Parlamento guineense.
Mais de dois meses após a realização das eleições legislativas, o grupo disse estar preocupado com a falta de nomeação de um novo primeiro-ministro com base nos resultados eleitorais.
O P5 reitera ainda que está determinado “a continuar a apoiar e ajudar o novo governo e o povo nos seus esforços para consolidar a sua democracia nascente a promover a paz e a prosperidade”.