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Observadores dizem que ainda têm “muito trabalho” nos principais portos iemenitas

O tenente-general Michael Lollesgaard visitou esta os portos de Hodeida, Salif e Ras Issa.
Unmha
O tenente-general Michael Lollesgaard visitou esta os portos de Hodeida, Salif e Ras Issa.

Observadores dizem que ainda têm “muito trabalho” nos principais portos iemenitas

Paz e segurança

Especialistas internacionais acompanham presença de forças em instalações portuárias de Hodeida, Salif e Ras Issa; monitores querem fim de negociações pendentes para permitir cumprimento das primeiras etapas do Acordo de Hodeida.

Ainda há muito trabalho na remoção da presença militar nos principais portos do Iémen, mas a cooperação entre as partes tem sido muito boa. A declaração é do presidente do Comitê de Coordenação de Reimplementação.

O tenente-general Michael Lollesgaard visitou esta terça-feira os portos de Hodeida, Salif e Ras Issa para verificar como foi feita a redistribuição de combatentes houthis do grupo Ansar Allah. 

Especialistas da ONU prometem continuar a monitorar Acordo de Hodeida de forma imparcial.

Portos

Observadores das Nações Unidas acompanham a redistribuição de forças nessas instalações, após a retirada unilateral dos combatentes houthis dos principais portos no fim de semana.

Esta medida é considerada um avanço no entendimento alcançado pelas partes do conflito na cidade sueca de Estocolmo, em dezembro passado.

As três instalações portuárias do mar Vermelho permitem a entrada de ajuda humanitária essencial para milhões de iemenitas, que agora dependem do auxílio internacional para sobreviver.

Em nota, o tenente-general Lollesgaard saúda a entrega da responsabilidade de segurança desses portos à guarda costeira iemenita e os esforços para acabar com a presença militar nas instalações. 

Compromisso 

De acordo com o oficial, essas etapas “são significativas” nesta primeira parte da redistribuição mais ampla de forças em Hodeida onde as partes do acordo continuam a manifestar o seu compromisso.

 O apelo aos envolvidos é que terminem as negociações pendentes para permitir que as duas primeiras etapas do Acordo de Hodeida sejam realizadas com sucesso. Especialistas da ONU prometem continuar a monitorar essas fases iniciais de uma maneira imparcial e transparente.

O porto de Hodeida é uma das poucas linhas de vida para ajuda humanitária e combustível para o país.

 A prova da implementação efetiva será uma presença mais forte da ONU nos portos para apoiar a gestão a ser feita pela autoridade portuária iemenita, destaca a nota da ONU. Outra meta é melhorar a ação no terreno do Mecanismo de Verificação e Inspeção das Nações Unidas, Unvim, tal como foi acordado. 

Lollesgaard disse que a plena implementação do Acordo de Hodeida é essencial para devolver a paz e a estabilidade ao Iémen e garantir o acesso humanitário efetivo ao país, onde milhões de pessoas continuam precisando de assistência vital.