Chefe da ONU elogia ação de jovens neozelandeses para combater alterações climáticas

Secretário-geral sugeriu passos para fazer “uma grande diferença” nesse objetivo; Guterres alerta a governos que custos da falta de nação são muito maiores que os da ação climática.
Num encontro com indígenas maoris e pasifika das ilhas do Pacífico, em Auckland, o secretário-geral da ONU agradeceu esta segunda-feira a liderança da juventude da Nova Zelândia no combate às alterações climáticas.
António Guterres também considerou importante o papel desempenhado pelo movimento Generation Zero, ou Geração Zero na tradução em português, liderado por jovens locais. Para reduzir a poluição, o grupo promove ações em prol de meios de transporte mais inteligentes, de cidades habitáveis e da menor dependência de combustíveis fósseis.
Young people in New Zealand are on frontlines of #ClimateAction and see first-hand that we are facing a global climate emergency. I am inspired by their dynamism and determination. They must continue to hold leaders accountable. https://t.co/nfiuLozeIP pic.twitter.com/SdKgscFILY
antonioguterres
Guterres disse que a juventude pode ajudar a garantir que seja alcançado o objetivo central de limitar o aumento da temperatura do planeta a 1,5 °C no final do século. O representante disse estar “confiante de que os jovens de todo o mundo possam transmitir aos seus governos uma mensagem muito clara. ”
Para que se faça uma grande diferença no combate à mudança climática com urgência, o chefe da ONU sugeriu os passos: transferir taxas de carbono ao sistema tributário, acabar com subsídios aos combustíveis fósseis e impedir a construção de novas centrais de carvão até 2020.
Guterres destacou que o dinheiro dos contribuintes “não deve ser usado para aumentar furacões, espalhar a seca e as ondas de calor, para fazer branquear os corais ou derreter os glaciares”.
O chefe da ONU defendeu ainda que “é necessária uma economia verde e não uma economia cinzenta no mundo”. Para o secretário-geral, "é muito importante convencer os governos de que devem agir, porque ainda há muita resistência".
Como exemplo dessa realidade, Guterres mencionou a conferência sobre mudança climática da ONU, COP24, realizada em 2018 na cidade de Katowice na Polônia.
O secretário-geral destacou que os governos “temem em seguir em frente, e se esquecem que os custos da falta de ação são muito maiores do que quaisquer custos de ação climática”.