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ONU expressa “choque” pelo ataque que matou seis em igreja de Burquina Faso

Secretário-geral da ONU, António Guterres pediu que os envolvidos continuem se engajando em um diálogo significativo
Foto: ONU/Manuel Elias
Secretário-geral da ONU, António Guterres pediu que os envolvidos continuem se engajando em um diálogo significativo

ONU expressa “choque” pelo ataque que matou seis em igreja de Burquina Faso

Paz e segurança

Secretário-geral reafirma que casas de culto devem ser paraísos, não alvos da violência; presidente da Assembleia Geral pede responsabilização dos autores e respeito  à liberdade religiosa.

O secretário-geral das Nações Unidas expressou "choque" pelo ataque de homens armados a uma igreja, que provocou seis mortes na cidade de Dablo, no norte de Burquina Faso. 

Em mensagem no Twitter, António Guterres destaca que “mais uma vez, um local de culto é alvo de violência”. O chefe da ONU reitera que “casas de culto devem ser paraísos, não alvos” desses atos.

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Igreja

Agências de notícias informaram que entre as vítimas está um líder religioso que foi alvejado quando dirigia a celebração pelas 9 horas de domingo, no horário local. O grupo, que teria entre 20 e 30 elementos, depois incendiou a igreja.

Em ambiente de pânico, vários prédios foram queimados e um centro de saúde foi saqueado no terceiro ataque a uma igreja ocorrido em cinco semanas. A violência jihadista no país africano teve início em 2016.

Liberdade

A presidente da Assembleia Geral, María Fernanda Espinosa, condenou fortemente o ataque e pediu a responsabilização dos autores desse ato. A representante disse que “o ódio não pode ser tolerado e o direito fundamental da liberdade religiosa deve ser respeitado em todos os lugares”.

A coordenadora residente das Nações Unidas em Burquina Faso, Metsi Makhetkha, sublinhou “que ninguém deve ser submetido ao que o país vem passando atualmente”. 

Alvos

A mensagem divulgada pela coordenadora, momentos após o ato, destaca que “até as guerras têm regras. Os civis nunca devem ser um alvo.” A representante enviou condolências às famílias daqueles que perderam seus entes queridos.

Os relatos das agências de notícias apontam que nas horas seguintes ao ataque, os habitantes se recolheram às suas casas, o comércio foi encerrado e área se tornou "cidade fantasma". As autoridades enviaram reforços da cidade vizinha de Barsalogho.