ONU alerta para “grande urgência” de criar planos nacionais de ação climática
Apelo foi publicado após Conselho de Chefes Executivos das Nações Unidas; grupo quer reconhecimento de que ações de mitigação das alterações climáticas são imperativo moral, ético e econômico.
O Sistema das Nações Unidas pede “grande urgência” aos Estados-membros para que apresentem melhores contribuições nacionais para a ação climática até 2020.
O Conselho de Chefes Executivos, CEB, pediu esta quinta-feira que haja “planos concretos e realistas” a serem apresentados em Nova Iorque, na Cúpula de Ação Climática convocada pelo secretário-geral para setembro. Estas propostas devem ser dadas “em apoio à implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”.
Aumento
O fórum que reúne 31 entidades das Nações Unidas foi presidido pelo secretário-geral, António Guterres. Na declaração, publicada na cidade suíça, pede-se “medidas urgentes para limitar o aumento da temperatura global a 1,5 °C acima dos níveis pré-industriais”.
O grupo quer ainda que seja reconhecido que ações de mitigação das mudanças climáticas são um imperativo moral, ético e econômico.
No evento global de setembro, serão apresentados esforços de todo o sistema das Nações Unidas para “alcançar a neutralidade climática” em operações da organização até 2020, na sequência das compensações de carbono.
Nessa reunião, também serão revelados os detalhes sobre a melhoria da sustentabilidade ambiental e social em todas as atividades da organização.
Dimensão
Para o CEB, o financiamento climático é essencial para realizar ações na dimensão necessária para lidar com as mudanças climáticas.
No contexto da maior mobilização de recursos financeiros, “os países desenvolvidos devem atingir a meta de mobilizar governos e o setor privado para alcançar a meta de US$ 100 bilhões por ano” até 2020.
A ideia é que esse valor apoie a ação climática nos países em desenvolvimento e aumente ainda mais os esforços de expansão dos recursos financeiros fornecidos e mobilizados.
O documento enfatiza ainda que os Estados devem maximizar o impacto positivo do financiamento climático, assegurando o uso desses fundos para maximizar a mudança transformacional com vista a reduzir as emissões e a criar resiliência sistêmica ao clima.
A outra meta é tornar esse financiamento acessível e criar benefícios aos que mais podem ser afetados pelas alterações do clima, incluindo mulheres, jovens e crianças.
Pretende-se criar uma proteção contra potenciais impactos negativos dos fundos climáticos através da criação de salvaguardas efetivas ambientais, sociais e de direitos humanos e garantir acesso a um recursos eficazes em caso de danos.