Em Dia Mundial do Atum, ONU lembra necessidade de proteger grupo de peixes
Diferentes grupos da espécie representam 20% do valor de todas as capturas mundiais, mas estão ameaçadas pela pesca excessiva; exemplo de conservação é o Pacífico Ocidental e Central, que detém a maior zona pesqueira deste peixe.
A ONU marca esta quinta-feira, 3 de maio, o Dia Mundial do Atum. A organização diz que a data “é um passo importante para reconhecer o papel crítico do atum no desenvolvimento sustentável, segurança alimentar, oportunidades econômicas e meios de subsistência de pessoas em todo o mundo.”
Cerca de 7 milhões de toneladas de atum são pescadas todos os anos. As diferentes espécies representam 20% do valor de todas as capturas no mundo e mais de 8% de todo o peixe e marisco comercializado.
Importância
A ONU afirma que “o atum e peixes semelhantes são muito importantes economicamente, tanto para os países desenvolvidos como para os países em desenvolvimento, e representam uma fonte significativa de alimentos.”
A organização destaca que “devido às suas incríveis qualidades, este grupo de peixes está ameaçada por uma grande procura.” Dois produtos, o atum enlatado e o sushi, são as grandes causas da procura.
No relatório “O Estado da Pesca e Aquicultura Mundiais” de 2016, a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, destaca a necessidade de uma gestão eficaz para restaurar as populações demasiado exploradas. A agência também indica capturas recorde de atum e afirma que a exploração excessiva das frotas pesqueiras permanece um problema.
Na mais recente publicação, de 2018, a FAO destacou o papel do setor na consecução da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.
Sobre o declínio dos estoques de atum, o Conselho Jurídico da ONU enfatiza a importância de implementar a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar.
Bom exemplo
O Oceano Pacífico Ocidental e Central detém a maior zona pesqueira de atum do mundo, com uma captura total de mais de 2,5 milhões de toneladas por ano. As espécies pescadas, como albacora, gaiado e patudo, são mantidas em níveis sustentáveis e não existe pesca excessiva.
Em nota, o diretor geral da Agência de Pesqueiras do Fórum das Ilhas do Pacífico, FFA na sigla em inglês, disse que é preciso “lembrar da importância crítica de proteger esse rico recurso” no Dia Mundial do Atum.
Manu Tupou-Roosen afrmou que "isso não pode ser alcançado sem combater a pesca ilegal, não declarada e não regulamentada e sem usar os principais quadros de cooperação".
A ONU afirma que a Conferência do Oceano, realizada em 2017 na sede da organização, foi “uma boa oportunidade para destacar a importância de reverter o declínio da saúde dos oceanos e garantir a gestão sustentável da vida marinha, como o atum.”