ONU destaca 23 autores refugiados no Dia Mundial do Livro e dos Direitos Autorais

Diretora-geral da Unesco destacou importância dos livros em “tempos turbulentos”; Agência das Nações Unidas para os Refugiados e Biblioteca Pública de Nova Iorque publicaram lista de 23 autores refugiados; Sharjah, nos Emirados Árabes Unidos, é a Capital Mundial do Livro.
O Dia Mundial do Livro e dos Direitos Autorais é comemorado nesta terça-feira, 23 de abril. Numa altura em que a ONU comemora o Ano Internacional das Línguas Indígenas, este Dia destaca a importância de promover e proteger estas línguas.
Na sede da organização em Nova Iorque, decorre até 3 de maio o Fórum Permanente sobre Assuntos Indígenas.
Em nota, a diretora-geral da Organização das Nações Unidas para Educação Ciência e Cultura, Unesco, disse que, “além de uma janela para as nossas vidas internas”, “os livros também são a porta para o respeito mútuo e compreensão entre as pessoas, através de todas as fronteiras e diferenças.”
Audrey Azoulay afirmou que, “nestes tempos turbulentos”, os livros “ajudam a unir a humanidade como uma única família, mantendo um passado em comum, uma história e uma herança, para construir um destino partilhado.”
A diretora-geral explicou que “os livros são aliados na disseminação da educação, ciência, cultura e informação em todo o mundo” e que “também são uma forma de expressão cultural que vive e faz parte de um idioma escolhido.”
Sobre esse tema, Azoulay destacou o Ano Internacional das Línguas Indígenas. Segundo ela, este é o ano “para reafirmar o compromisso da comunidade internacional em apoiar os povos indígenas a preservar suas culturas, conhecimentos e direitos.”
Todos os anos, a Unesco e representantes de editoras, bibliotecas e livrarias selecionam uma cidade como Capital Mundial do Livro. Em 2019, Sharjah, nos Emirados Árabes Unidos, foi a escolhida.
Azoulay diz que “este mesmo espírito de inclusão e diálogo” está guiando o evento. A iniciativa pretende alcançar as populações marginalizadas e envolver as populações migrantes para promover a inclusão social, criatividade e respeito.
Para marcar o dia, a Agência das Nações Unidas para os Refugiados e Biblioteca Pública de Nova Iorque publicaram uma lista de 23 autores refugiados.
As obras foram escolhidas por funcionários das duas instituições. Em nota, dizem esperar que a lista “represente uma pequena amostra de memórias pessoais que detalham histórias de fuga em todo o mundo.”
Segundo eles, “a amplitude da obra literária mostra o quanto os refugiados deram e continuam a dar às suas comunidades e ao mundo, incluindo as suas histórias.”
A lista completa, em inglês, pode ser consultada aqui.