Soldado de paz egípcio morre em novo ataque no Mali
Quatro boinas-azuis ficaram feriados no ato causado por dispositivo improvisado; secretário-geral António Guterres expressou suas mais profundas condolências à família da vítima e ao Governo do Egito.
Em comunicado emitido pelo seu porta-voz, o secretário-geral das Nações Unidas condenou o ataque a um comboio da Missão da ONU no Mali, Minusma, com um dispositivo explosivo improvisado ocorrido neste sábado. O grupo estava estava fazendo o trajeto entre as áreas de Douentza e Boni, na região de Mopti.
Um boina-azul do Egito foi morto e quatro ficaram feridos. Os soldados de paz da Minusma reagiram, matando um agressor e prendendo outros oito.
António Guterres expressou suas mais profundas condolências à família da vítima e ao governo do Egito, desejando uma rápida recuperação para os feridos.
O chefe da ONU lembrou ainda que os ataques contra as forças de paz das Nações Unidas podem constituir crimes de guerra de acordo com a lei internacional. Guterres pede às autoridades do Mali que tomem medidas rápidas para identificar os autores deste ataque e levá-los à justiça.
Missão
O secretário-geral reafirmou que tais atos não diminuirão a determinação da ONU de continuar apoiando o povo e o governo do Mali em sua busca pela paz e estabilidade.
O representante especial do secretário-geral, Mahamat Saleh Annadif, também condenou com veemência o ataque.
O chefe da Minusma disse que a missão “permanece mais determinada do que nunca, juntamente com os seus parceiros nacionais, regionais e internacionais para apoiar o povo do Mali no caminho para a paz”.
Annadif lembrou ainda que a Minusma reforçou significativamente suas operações na região centro do Mali em apoio às forças de defesa e segurança do país.
Já o comandante da força, Dennis Gyllensporre, destacou que os soldados de paz "reagiram de forma proativa e robusta, o que neutralizou e deteve os atacantes”.
A Minusma é a missão de paz mais perigosa em todo o mundo para os boinas-azuis da ONU.