ONU promove formação profissional para mulheres refugiadas no Bangladesh

Objetivo é criar fontes de rendimento para no sudeste do país; 500 participantes de sexo feminino deverão beneficiar do programa no primeiro ano; projeto será ampliado com a criação de 18 centros de formação.
A Agência das Nações Unidas para os Refugiados, Acnur, implementa um novo projeto de formação no sudeste de Bangladesh para promover a autoconfiança entre mulheres em comunidades que abrigam refugiados. A iniciativa envolve também refugiadas da minoria rohingya, no acampamento de Cox's Bazar.
Segundo a porta-voz do Acnur, Liz Throssell, o projeto pretende ser um fator de mudança para as mulheres nestas comunidades.
Em parceria com a Fundação Ayesha Abed, AAF, o Acnur apoia este programa que pretende proporcionar uma fonte de rendimento para estas mulheres através do desenvolvimento de competências na produção artesanal.
O projeto começou formalmente em fevereiro e está agora a ser ampliado.
No recentemente inaugurado centro de formação de Ukhiya, as mulheres locais do Bangladesh aprendem as artes de serigrafia, impressão em bloco e costura.
Para aumentar o alcance deste programa está prevista a abertura de 18 centros em outras áreas de Cox's Bazar, bem como nos acampamentos de refugiados, onde as mulheres produzirão diferentes desenhos de bordados à mão.
Até ao final do primeiro ano, o objetivo é formar 500 participantes, metade das quais refugiadas.
As mulheres recebem uma pequena bolsa durante o período de formação de seis meses. Os itens que serão produzidos incluem peças de bordado costuradas à mão por refugiados, roupas infantis, femininas, masculinas e utensílios domésticos.
Os produtos acabados serão vendidos em lojas de retalho do Bangladesh.
Este projeto-piloto é visto como um modelo de fornecimento de apoio para estas comunidades. Cox’s Bazar é uma das áreas mais pobres e menos desenvolvidas do Bangladesh, com poucas oportunidades de trabalho fora do mundo rural.
Estas comunidades do Bangladesh foram as primeiras a responder à crise de refugiados que começou em agosto de 2017, sendo anfitriãs para as centenas de milhares de rohingyas que fugiram da violência e da perseguição no Mianmar.
A maioria das mulheres refugiadas rohingya que estão em formação são viúvas ou famílias monoparentais com idades entre 18 e 40 anos.