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ONU promove formação profissional para mulheres refugiadas no Bangladesh

Segundo a porta-voz do Acnur, Liz Throssell, o projeto pretende ser um fator de mudança para as mulheres nestas comunidades.
Acnur/Santiago Escobar-Jaramillo
Segundo a porta-voz do Acnur, Liz Throssell, o projeto pretende ser um fator de mudança para as mulheres nestas comunidades.

ONU promove formação profissional para mulheres refugiadas no Bangladesh

Ajuda humanitária

Objetivo é criar fontes de rendimento para no sudeste do país; 500 participantes de sexo feminino deverão beneficiar do programa no primeiro ano; projeto será ampliado com a criação de 18 centros de formação.

A Agência das Nações Unidas para os Refugiados, Acnur, implementa um novo projeto de formação no sudeste de Bangladesh para promover a autoconfiança entre mulheres em comunidades que abrigam refugiados. A iniciativa envolve também refugiadas da minoria rohingya, no acampamento de Cox's Bazar.

Segundo a porta-voz do Acnur, Liz Throssell, o projeto pretende ser um fator de mudança para as mulheres nestas comunidades.

Objetivo

Estas comunidades do Bangladesh foram as primeiras a responder à crise de refugiados que começou em agosto de 2017, sendo anfitriãs para as centenas de milhares de rohingyas que fugiram da violência e da perseguição no Mianmar.
Estas comunidades do Bangladesh foram as primeiras a responder à crise de refugiados que começou em agosto de 2017, sendo anfitriãs para as centenas de milhares de rohingyas que fugiram da violência e da perseguição no Mianmar.Unicef/Patrick Brown

Em parceria com a Fundação Ayesha Abed, AAF, o Acnur apoia este programa que pretende proporcionar uma fonte de rendimento para estas mulheres através do desenvolvimento de competências na produção artesanal.

O projeto começou formalmente em fevereiro e está agora a ser ampliado.

No recentemente inaugurado centro de formação de Ukhiya, as mulheres locais do Bangladesh aprendem as artes de serigrafia, impressão em bloco e costura.

Para aumentar o alcance deste programa está prevista a abertura de 18 centros em outras áreas de Cox's Bazar, bem como nos acampamentos de refugiados, onde as mulheres produzirão diferentes desenhos de bordados à mão.

Até ao final do primeiro ano, o objetivo é formar 500 participantes, metade das quais refugiadas.

Projeto piloto

As mulheres recebem uma pequena bolsa durante o período de formação de seis meses. Os itens que serão produzidos incluem peças de bordado costuradas à mão por refugiados, roupas infantis, femininas, masculinas e utensílios domésticos.

Os produtos acabados serão vendidos em lojas de retalho do Bangladesh.

Este projeto-piloto é visto como um modelo de fornecimento de apoio para estas comunidades. Cox’s Bazar é uma das áreas mais pobres e menos desenvolvidas do Bangladesh, com poucas oportunidades de trabalho fora do mundo rural.

Estas comunidades do Bangladesh foram as primeiras a responder à crise de refugiados que começou em agosto de 2017, sendo anfitriãs para as centenas de milhares de rohingyas que fugiram da violência e da perseguição no Mianmar.

A maioria das mulheres refugiadas rohingya que estão em formação são viúvas ou famílias monoparentais com idades entre 18 e 40 anos.

Novo projeto promove autoconfiança entre mulheres refugiadas em Bangladesh