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Guterres acolhe formação de governo inclusivo na República Centro-Africana

Insegurança e medo dos ataques já causaram pânico na população
Minusca
Insegurança e medo dos ataques já causaram pânico na população

Guterres acolhe formação de governo inclusivo na República Centro-Africana

Paz e segurança

Novo executivo é constituído depois de um acordo de paz assinado no mês de fevereiro; secretário-geral pediu rápida implementação do documento; país tem sofrido com episódios de violência desde 2012.

O secretário-geral das Nações Unidas saudou o estabelecimento de um governo na República Centro-Africana, de acordo com um acordo de paz assinado no início de fevereiro, com mais de uma dúzia de grupos armados ativos no país.

Em nota, António Guterres elogia a liderança da União Africana no processo, particularmente na conclusão da discussão que aconteceu em Addis Abeba, Etiópia, na semana passada. 

Paz

Soldados de paz da Minusca.
Soldados de paz da Minusca., by ONU/Catianne Tijerina

Este acordo acontece depois de ter sido assinado, em 6 de fevereiro, o Acordo Político para Paz e Reconciliação entre o governo da República Centro-Africana e 14 grupos armados não-estatais.

O secretário-geral pede a todos os signatários do acordo para aderirem aos princípios acordados, especialmente a rejeição da violência e o respeito pelos direitos humanos e a dignidade humana.

O chefe da ONU também pede que os signatários acelerem a implementação do acordo e reitera o compromisso da ONU de ajudar o país.

Violência 

O país tem sofrido com episódios de violência desde 2012. Combates entre a maioria cristã da milícia anti-Balaka e a coligação rebelde, sobretudo muçulmana, causaram a morte de milhares de pessoas e deixaram dois em cada três civis dependentes da ajuda humanitária.

Em 2013, grupos armados tomaram a capital e o então presidente François Bozizé foi forçado a fugir. Após um breve período de redução da violência em 2015 e eleições realizadas em 2016, os combates intensificaram novamente no final do ano.

As conversações de paz começaram em 24 de janeiro deste ano em Cartum, no Sudão, e duraram 10 dias, lideradas pela Iniciativa Africana para a Paz e Reconciliação na República Centro-Africana, conduzida pela União Africana com o apoio da ONU.