Ciclone Idai: Guterres pede “apoio internacional muito maior”

Secretário-geral elogia esforços nacionais e internacionais de busca e resgate para salvar milhares de vidas; para o chefe da ONU, “o que é necessário agora são fundos para apoiar a resposta nos próximos dias, semanas e meses”; acompanhe aqui a cobertura especial da ONU News.
O secretário-geral da ONU disse esta sexta-feira estar “profundamente triste com a perda de vidas e imagens de sofrimento humano” desde que o ciclone Idai atingiu a Beira, em Moçambique, na noite de 14 de março, e depois invadiu o Maláui e o Zimbábue.
Em nota, António Guterres disse que o ciclone resultou em um “enorme desastre”, mas que está encorajado “pelos esforços das equipes nacionais e internacionais de busca e resgate, que têm trabalhado sem parar para salvar milhares de vidas em condições perigosas e desafiantes.”
O chefe da ONU chamou estes homens e mulheres de “heróis”, dizendo que “não apenas resgatam famílias de telhados, também distribuem alimentos, tabletes de purificação de água e outras formas de assistência humanitária que salvam vidas.”
Guterres afirmou que esta ajuda aos sobreviventes é essencial, depois que “as suas comunidades foram literalmente destruídas.”
Segundo o secretário-geral, a ONU e os parceiros humanitários “estão ampliando a resposta com o financiamento inicial de doadores generosos.”
A ONU já mobilizou US$ 20 milhões para iniciar a resposta, mas Guterres disse que “é necessário um apoio internacional muito maior.”
António Guterres explicou que “com as colheitas destruídas no celeiro de Moçambique, mais pessoas estão em risco de insegurança alimentar nos três países.” Além disso, “casas, escolas, hospitais e estradas estão em ruínas.”
Para o chefe da ONU, “o que é necessário agora são fundos para apoiar a resposta nos próximos dias, semanas e meses.”
O secretário-geral termina a mensagem dizendo que todos se devem solidarizar com os povos de Moçambique, do Maláui e do Zimbábue e fez um “apelo forte” para que a comunidade internacional aumente o apoio.
Segundo os últimos dados oficiais, publicados na quinta-feira, o ciclone e as cheias causaram pelo menos 242 mortes em Moçambique. No Zimbábue, 139 pessoas perderam a vida e 189 estão desaparecidas. Já no Maláui, houve 56 mortes e 577 feridos e ainda é desconhecido o número de desaparecidos.