Acnur abre primeiro centro para receber venezuelanos perto da fronteira com a Colômbia BR

Centenas de pessoas terão acesso ao local de acolhimento; Colômbia é o país acolhe mais de 1,1 milhão de refugiados e migrantes da venezuela; Escritório de Direitos Humanos da ONU anunciam ida de uma equipe de cinco membros à Venezuela.
A Agência da ONU para Refugiados, Acnur, abriu esta sexta-feira o primeiro centro de acolhimento de refugiados e migrantes venezuelanos na Colômbia para apoiar pessoas em situação de fragilidade.
A estrutura foi instalada na cidade de Maicao, na fronteira com a Colômbia. Em nota, o Acnur revela que esse centro urbano da região de La Guajira registra “a maior concentração per capita de refugiados e migrantes venezuelanos”.
Um estudo recente do Acnur revelou haver um número significativo de cidadãos da Venezuela vivendo nas ruas ou em assentamentos informais de Maicao. Cerca de 81% de pessoas entrevistadas disseram que precisavam de abrigo.
Na fase inicial, o Centro de Assistência Integrado pode acolher 350 pessoas. O local poderá ser ampliado para acomodar mais pessoas que terão acesso temporário a abrigos, alimentos, água, cuidados médicos básicos e outros serviços.
Além de prestar assistência temporária às necessidades humanitárias urgentes e de proteção, o centro deverá dar apoio à resposta das autoridades locais para os que fogem da Venezuela.
Estima-se que centenas de venezuelanos incluindo crianças, idosos, pessoas com deficiências e em condições médicas críticas, são forçadas a viver nas ruas porque faltam alternativas de abrigo.
A Colômbia acolhe mais de 1,1 milhão de refugiados e migrantes venezuelanos, sendo o país mais afetado por essa migração. Segundo o Acnur, mais de 3,4 milhões de venezuelanos vivem fora do seu país. Destes, 2,7 milhões deixaram a Venezuela desde 2015.
A agência da ONU presta assistência a refugiados e migrantes venezuelanos na região com necessidades de apoio legal, de proteção e humanitária, que continuam precisando de apoio internacional urgente.
Para este ano, o Plano Regional de Resposta a Imigrantes e Refugiados precisa de US $ 738 milhões para responder às necessidades de 2,2 milhões de venezuelanos e 500 mil pessoas de comunidades de acolhimento em 16 países.
Em nota separada, o Escritório de Direitos Humanos da ONU anunciou que uma equipe de cinco membros será envida à Venezuela a partir da segunda-feira.
A deslocamento, a convite do governo, inclui encontros com representantes governamentais, da Assembleia Nacional, da sociedade civil e de vítimas de violações de direitos humanos em Caracas e outras cidades.
A visita da missão técnica acontece antes da ida ao país da alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, para uma missão oficial.
O comunicado informa que antes da visita de Bachelet, o grupo avançado deve garantir que ela tenha "acesso irrestrito às pessoas e lugares que precisaria visitar para ter uma compreensão clara da situação dos direitos humanos no país".