Novos ataques colocam em risco segurança no combate ao ebola na RD Congo
A Organização Mundial da Saúde, OMS, informou que participa de intensos debates para melhorar as ações de combate ao ebola em áreas onde esta semana ocorreram ataques na República a Democrática do Congo, RD Congo.
Essas discussões envolvem a ação das forças da Missão das Nações Unidas na RD Congo, Monusco, com autoridades locais. No atual surto de ebola mais de 820 pessoas foram infetadas e 555 perderam a vida.
Segurança
Em nota, o porta-voz da OMS, Christian Lindmeier, destaca que está sendo debatida a segurança dos pacientes e das equipes de saúde, além de tudo o que pode ser feito para controlar o atual surto.
De acordo com a agência, o agravamento da situação de segurança pode aumentar os casos da doença.
Na quinta-feira, a agência expressou profunda preocupação com ataques contra centros de tratamento da ONG Médicos Sem Fronteiras, MSF, ocorridos na segunda-feira na área de Katwa e na quarta-feira em Butembo.
A agência chamou a atenção para o impacto imediato destas ações na vida de civis, no risco de disseminar a doença e para o desrespeito ao trabalho de profissionais em níveis local, regional e internacional.
Tratamento
Por razões de segurança dos pacientes e funcionários foram transferidos doentes para o centro de trânsito de Katwa, onde a OMS quer fazer chegar o tratamento a mais pacientes.
Para garantir cuidados médicos de qualidade, os funcionários acompanham quatro pacientes que buscaram abrigo em outro local durante os atos a violência.
A OMS e a MSF informaram que suas equipes estavam seguras após as ações. No entanto, a segurança ficou afetada nas áreas onde continua a transmissão da doença na comunidade e a transmissão pode agravar as dificuldades para a comunidade local.
A prioridade da ação na região é acabar com o surto. A OMS disse apostar em ações para garantir que a resposta ao ebola seja mantida nas ações com o Ministério da Saúde da RD Congo e outros parceiros.