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OMS autoriza uso de vacina experimental contra ebola em grávidas e lactantes BR

Enfermeira prepara uma cama para um paciente com suspeitas de ebola, no Hospital Bwera, na RD Congo.
Unicef/UMichele Sibiloni
Enfermeira prepara uma cama para um paciente com suspeitas de ebola, no Hospital Bwera, na RD Congo.

OMS autoriza uso de vacina experimental contra ebola em grávidas e lactantes

Saúde

Crianças com menos de um ano serão abrangidas pela medida; grupo deve ser monitorado durante a imunização em áreas da República Democrática do Congo; atual surto teve 848 pessoas infectadas e 529 mortos.

Especialistas da Organização Mundial da Saúde, OMS, decidiram que mulheres grávidas e lactantes podem tomar a vacina experimental contra ebola na República Democrática do Congo.

No anúncio feito esta quinta-feira, em Genebra, o Grupo Estratégico e de Consulta da OMS, Sage na sigla em inglês, aprova o uso da vacina rVSV-Zebov-GP com consentimento informado e conforme o padrão de qualidade ética e científica.

Especialistas anunciaram que têm avaliado os dados sobre o uso da vacina nessas populações e fornecerão uma atualização assim que for possível.
Especialistas anunciaram que têm avaliado os dados sobre o uso da vacina nessas populações e fornecerão uma atualização assim que for possível. Foto: OMS

Segurança

A medida tomada na reunião dos especialistas reverte uma decisão anterior que impedia que mulheres grávidas recebessem a vacina “por não haver evidências suficientes sobre sua segurança”.

Desde 1 de agosto, o décimo surto que ocorre no país registrou 853 casos e 521 mortes. Pela nova medida, crianças com menos de um ano de idade também deverão ser incluídas na vacinação devido “ao surto em curso e ao risco enfrentado pela população”.

De acordo com o grupo, deve ser considerada a possibilidade de avaliar uma ou mais das três outras vacinas contra o ebola em áreas próximas e esses ensaios podem incluir mulheres grávidas e que amamentam.

Recomendações

Os especialistas anunciaram que têm avaliado os dados sobre o uso da vacina nessas populações e fornecerão uma atualização assim que for possível.

A imunização deve ser limitada às áreas afetadas pelo surto e continuamente avaliada com base em informação sobre segurança e eficácia da vacina nesta população-alvo, destaca a nota.

Os especialistas aconselham ainda que seja feita uma “avaliação cuidadosa para que dados de segurança sirvam para oferecer dados sobre recomendações de vacinas para futuros surtos.”

OMS autoriza uso de vacina experimental contra ebola em grávidas e lactantes