Perspectiva Global Reportagens Humanas

Moçambique recebe doação de ₤7.5 milhões do Reino Unido

A parceriadeve apoiar o fornecimento de serviços essenciais para pelo menos 11 mil crianças com menos de 5 anos
ONU News/Ouri Pota
A parceriadeve apoiar o fornecimento de serviços essenciais para pelo menos 11 mil crianças com menos de 5 anos

Moçambique recebe doação de ₤7.5 milhões do Reino Unido

Ajuda humanitária

Programa Mundial de Alimentos diz que contribuição apoiará 120 mil pessoas que vivem nas regiões mais afetadas pela seca na província do Tete; estação de escassez inicia em novembro e encerra com colheitas, que ocorrem de abril até junho.

Uma doação de ₤7.5 milhões do Reino Unido apoiará as pessoas mais desnutridas e atingidas pela insegurança alimentar em Moçambique. Segundo o Programa Mundial de Alimentos, PMA, 120 mil pessoas que vivem nos distritos mais afetados pela seca na região de Tete serão beneficiadas.

As contribuições serão repassadas através de vales e transferências móveis. De acordo com a agência da ONU, isso será feito com a colaboração das comunidades locais e de parceiros como o Instituto Nacional de Gestão de Calamidades, Ingc, e o Instituto Nacional de Ação Social, Inas.   

Benefícios

Menina com malária em Maganja da Costa, Moçambique
Menina com malária em Maganja da Costa, Moçambique, by Unicef/UNO0255283/Chris Steele-Perkins

Um dos benefícios desse tipo de modalidade de transferência é o envolvimento de comerciantes locais e a promoção de seu alcance para comunidades mais distantes, representando um impulso para o mercado local.

A parceria com o Reino Unidos apoia o fornecimento de serviços essenciais para pelo menos 11 mil crianças com menos de 5 anos e cerca de 5 mil mulheres grávidas e amamentando que sofrem de desnutrição aguda moderada em regiões como Cabo Delgado, Tete e Zambezia.

Escassez

A diretora do PMA em Moçambique, Karin Manente, disse que “o Programa Mundial de Alimentos está muito grato pela contribuição do Reino Unido, que permitiu estabelecer uma resposta oportuna, em pleno andamento no pico da temporada de escassez”.

Manente acrescentou que “a insegurança alimentar aguda pode desestabilizar a vida e a subsistência das comunidades locais e a desnutrição pode impedir o crescimento total das crianças, além de afetar a saúde das mulheres durante a gravidez, a amamentação e por toda a vida.”

A parceria é direcionada através do Programa Nacional para a Reabilitação da Desnutrição Aguda, gerenciado pelo Ministério da Saúde em colaboração com autoridades locais e parceiros.

De acordo com o PMA, a estação de escassez em Moçambique inicia em novembro e encerra com as colheitas, que ocorrem de abril até junho.

Cerca de 815 mil pessoas precisam de assistência alimentar de emergência no país durante a época de escassez, o que pode levar a aumentos na desnutrição aguda se não forem resolvidos de forma adequada.