Em Dia Mundial das Leguminosas, FAO destaca contribuição para a #FomeZero BR

Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação destaca apoio do grupo de alimentos a sistemas de alimentação sustentável e mitigação das mudanças climáticas; data é celebrada pela primeira vez desde que foi proclamada pela ONU, em 2018.
As leguminosas são mais do que somente grãos. O grupo de alimentos contribui para os sistemas de alimentação sustentável e para a #FomeZero no mundo, segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO.
Este 10 de fevereiro marca a primeira celebração do Dia Mundial das Leguminosas. A data foi designada pela Assembleia Geral para reafirmar a contribuição das leguminosas para a agricultura sustentável e o alcance da Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável.
A iniciativa busca manter o impulso positivo obtido com a campanha realizada durante o Ano Internacional das Leguminosas em 2016.
As leguminosas mais populares são os diversos tipos de feijão: preto, mulatinho, manteiga e carioca; grão-de-bico, ervilha, soja, lentilha e fava, entre outros.
A FAO destaca que as leguminosas são culturas agrícolas essenciais por várias razões. Elas são repletas de nutrientes e têm um alto teor de proteína, o que as torna uma fonte ideal de proteína, principalmente em regiões onde carne e laticínios não são fisicamente ou economicamente acessíveis.
A agência enfatiza ainda que as leguminosas também são pobres em gordura e ricas em fibras solúveis, o que pode diminuir o colesterol e ajudar a controlar o açúcar no sangue. Por causa dessas qualidades, elas são recomendadas por organizações de saúde para o manejo de doenças crônicas, como diabetes e problemas cardíacos.
As leguminosas também têm apresentado bons resultados na ajuda ao combate à obesidade.
A FAO aponta que para os agricultores, as leguminosas são uma importante cultura agrícola porque podem ser vendidas e consumidas pelos agricultores e suas famílias. A possibilidade de ter a opção de consumir e vender as leguminosas produzidas, ajuda os agricultores a manter a segurança alimentar doméstica e a criar estabilidade econômica.
Além disso, as propriedades de fixação de nitrogênio das leguminosas melhoram a fertilidade do solo, o que aumenta e prolonga a produtividade das terras agrícolas. Ao utilizar as leguminosas para intercarlar as colheitas e culturas de cobertura os agricultores também podem promover a biodiversidade agrícola e do solo, mantendo as pragas e doenças prejudiciais à distância.
As leguminosas podem contribuir para a mitigação das mudanças climáticas reduzindo a dependência dos fertilizantes sintéticos usados para introduzir nitrogênio artificialmente no solo. Segundo a FAO, os gases de efeito estufa são liberados durante a fabricação e a aplicação desses fertilizantes, e seu uso excessivo pode ser prejudicial ao meio ambiente.
No entanto, as leguminosas fixam naturalmente o nitrogênio atmosférico no solo e, em alguns casos, liberam o fósforo ligado ao solo. Com isso, elas diminuem significativamente a necessidade de fertilizantes sintéticos.
As leguminosas são encontradas nos supermercados, nas feiras ou como acompanhamento dos pratos principais. Em muitos países, elas fazem parte da cultura e são consumidas regularmente ou até mesmo diariamente.
Em outras partes do mundo, o grupo de alimentos dificilmente recebe atenção, exceto quando servido em uma sopa num dia frio de inverno. No entanto, essas pequenas sementes multicoloridas têm sido um dos alimentos nutritivos da natureza por muito tempo.
Como aponta a FAO, elas são aliadas deliciosas na obtenção da segurança alimentar, na redução da desnutrição e para a #FomeZero no mundo.