Conselho de Segurança visita Guiné-Bissau em meados de fevereiro
País lusófono realiza eleições legislativas a 10 de março; deslocação acontece no âmbito da presidência da Guiné Equatorial deste órgão das Nações Unidas em fevereiro.
Os Estados-membros do Conselho de Segurança da ONU realizam uma visita à Guiné-Bissau a 16 e 17 de fevereiro.
A viagem foi confirmada pelo embaixador da Guiné Equatorial nas Nações Unidas, Anatólio Ndong Mba. O país tem a presidência do Conselho de Segurança durante o mês de fevereiro.
Eleições
Em entrevista à ONU News, o embaixador disse que o Conselho quer “demonstrar que apoia muito a Guiné-Bissau” nas semanas que antecedem as eleições legislativas de 10 de março. O país também deve organizar eleições presidenciais ainda este ano.
“A presença de todos os membros do Conselho de Segurança na Guiné-Bissau vai ser um elemento de apoio, um elemento de encorajamento, para que o país vá aos seus compromissos eleitorais em março e depois disso vá a eleições presidenciais.”
Crise
O embaixador disse que está “otimista” em relação à situação no país lusófono e explicou que a realização de eleições pode ser a solução para a crise institucional.
“O Conselho de Segurança deseja que a Guiné-Bissau tenha sucesso, como em outras eleições que organizou anteriormente, para que as instituições políticas possam normalizar-se, para que deixe de existir a crise institucional e para que a Guiné-Bissau ultrapasse esta página e possa, porque não, sair da agenda do Conselho de Segurança. E um dia até contemplar suspender e fazer o levantamento definitivo das sanções que pesam no país. Tudo isso dependerá do desenvolvimento desses acontecimentos políticos que temos previstos.”
Na sequência de golpe de Estado de 2012, o Conselho de Segurança da ONU aplicou sanções a 11 oficiais guineenses envolvidos na alteração da ordem constitucional. A Guiné Equatorial preside o Comité de Sanções do órgão sobre a Guiné-Bissau.
Viagem
Antes de chegar a Bissau, a comitiva do Conselho de Segurança visita a Cote d'Ivoire, ou Costa do Marfim, a 14 e 15 de fevereiro.
Anatólio Ndong Mba diz que o objetivo da visita é mostrar um caso de sucesso onde as crises foram ultrapassadas.
O embaixador lembra que “a Cote D’Ivoire foi um país que conheceu uma grande crise e atualmente está em paz.” Ndong Mba explica que esta nação africana “está a consolidar a paz e desenvolver-se” e que os Estados-membros poderão ver “os benefícios da situação em paz após o conflito.”