Ataque no Mali que vitimou 37 pessoas vai ser investigado por especialistas da ONU

Missão de Estabilização da ONU no país vai apoiar investigação; disputas sobre propriedades estão na origem dos confrontos; cerca de 7,2 milhões de pessoas afetadas pela insegurança, seca e inundações.
Um ataque a uma aldeia situada no centro do Mali, que matou pelo menos 37 civis, vai ser investigado com a ajuda de especialistas da ONU em direitos humanos.
O anúncio foi feito pela Missão de Estabilização da ONU no país, Minusma, esta quinta-feira.
Segundo a Missão, mulheres e crianças foram assassinadas em Koulogon Peul na passada terça-feira. Os confrontos resultam das disputas de terras e gado.
A representante especial adjunta da Minusma, Joanne Adamson, condenou estes ataques pedindo que “os perpetradores prestem contas."
Adamson lembra que é cada vez mais importante acabar com a violência na região, por isso, devem ser intensificados “esforços para encontrar soluções judiciais e políticas.”
De acordo com a Minusma, este incidente teve lugar por volta das 5 da manhã do dia de Ano Novo. Além dos mortos e feridos, os assaltantes armados, que usavam trajes tradicionais de caça associados ao povo Dozos, destruíram casas e celeiros.
Em comunicado, a Missão informou que vai formar uma equipa de direitos humanos para apoiar a investigação na “recolha de provas” e para “estabelecer as razões das mortes.”
O ataque é o mais recente episódio de violência envolvendo milícias e grupos armados.
No total, cerca de 7,2 milhões de pessoas, que vivem nos 50 distritos administrativos do Mali, estão a ser afetadas pela insegurança, seca e inundações.
De acordo com o Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários, Ocha, 3,2 milhões necessitam de ajuda humanitária. O Ocha alerta que é necessária a implementação efetiva do acordo de paz para que a situação melhore.
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